O governador Mauro Mendes afirmou que deve definir até o final de janeiro quem o União Brasil deve apoiar na eleição para Prefeitura de Cuiabá: se o deputado Eduardo Botelho ou o chefe da Casa Civil Fabio Garcia.
A informação é do deputado estadual Júlio Campos (União), que participou de uma reunião com Mendes e outros deputados, na manhã da última sexta-feira (5), no Palácio Paiaguás.
O encontro ocorreu para que Mendes tratasse sobre pautas do Governo que estão travadas na Assembleia Legislativa, como a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024, que prevê uma receita de R$ 35 bilhões para Mato Grosso.
No encontro, segundo Júlio, os parlamentares cobraram uma definição de Mendes sobre o pleito da Capital.
“Eu, a deputada Janaina Riva, o deputado Dilmar Dal’Bosco, Paulo Araújo e Max [Russi], que estão comprometidos com a pré-campanha do Botelho, fomos falar com o governador da situação esdrúxula que ele [Botelho] está vivendo”, afirmou ele à rádio Cultura.
“O Botelho tem uma candidatura viável a prefeito, com alta receptividade da opinião pública nas pesquisas, mas está nesse imbróglio de sair ou permanecer no partido”, acrescentou.
Júlio também citou haver uma preocupação com o prazo apertado. Porém, garantiu que a discussão terá fim ainda em janeiro.
Ainda segundo o deputado, caso o União Brasil decida não apoiar a candidatura de Botelho, Mendes disse que assinará “a qualquer momento” a carta de liberação do parlamentar.
“O tempo está passando. Dia 1º de março inicia a janela para troca de partidos e tem vários vereadores que estão em outras siglas e apoiam a candidatura do deputado Botelho e querem saber qual rumo ele vai tomar”, disse.
“O governador pediu para nós um prazo até final do mês para poder conversar com o núcleo que apoia Fábio Garcia sobre a possibilidade de uma composição e evitar a saída do Botelho”, completou.
Desde o começo de 2023, Botelho, que é pré-candidato, trava um embate com o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, para tentar viabilizar a candidatura nas eleições deste ano.
Botelho havia deixado claro que queria uma posição de Mendes, que é presidente estadual do União, até o final de 2023. No entanto, mesmo após a virada de ano o partido segue sem uma definição.
Na semana passada, o próprio Botelho demostrou insatisfação com a demora para receber uma resposta de Mendes e alegou que o impasse estava “chato”.
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