O presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (União), solicitou uma nova reunião entre os Poderes e os órgãos de controle para discutir a saúde em Cuiabá. Na avaliação dele, a situação está “caótica e crítica”, e uma nova intervenção não é descartada.
“Eu estava conversando com o desembargador Orlando Perri, porque precisamos falar mais sobre a saúde de Cuiabá. Voltar a discutir isso com o governo do Estado, com o Tribunal de Contas e Ministério Público novamente. É muito crítico, estão aumentando as filas, os atendimentos estão precários, as condições de trabalho dos médicos e enfermeiros estão precários, os atrasos na saúde são imensos. E quem está trabalhando lá são heróis”, disse Botelho nesta quarta-feira (24).
O parlamentar acredita que uma nova reunião será agendada nos próximos dias, já que Perri é o desembargador responsável pelo pedido de intervenção no ano passado. Questionado se poderá haver atuação do Estado na Saúde, Botelho acredita que pode ocorrer. “Temos que discutir e, se não achar solução, pode até culminar em uma nova intervenção, mas primeiro o diálogo”, completou.
A declaração ocorre após o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) ter notificado o prefeito para efetuar o repasse de R$ 15,5 milhões para a Saúde da Capital em até 5 dias, já que não estaria cumprindo o Termo de Ajustamento de Conduta. Foi constatado que o Município fez repasse 22,26% menor do que deveria ocorrer até fevereiro deste ano.
O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) se reúne nesta tarde, com representantes da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá (SMS) e da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES), para buscar medidas que visem ampliar a capacidade de atendimento e reduzir a superlotação verificada nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e no Pronto Atendimento do Hospital Estadual Santa Casa.