Corpo de Bombeiros pede que a população colabore e respeite o período proibitivo
O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso combate dez incêndios florestais no Estado nesta quinta-feira (25.07), nos municípios de Cuiabá, Poconé, Cáceres, Barão de Melgaço e na divisa entre as cidades de Planalto da Serra, Nova Brasilândia e Rosário Oeste.
Em Cuiabá, o combate se concentra próximo às margens da MT-402, na região do Coxipó-açu. Os bombeiros também combatem um incêndio localizado na divisa entre os municípios de Planalto da Serra, Nova Brasilândia e Rosário Oeste, que fica dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) das Cabeceiras do Rio Cuiabá.
Em Pontes e Lacerda, as equipes atuam na Serra do Patrimônio e, em Vila Bela da Santíssima Trindade, o combate acontece na região do Parque Estadual Serra de Ricardo Franco.
Já na região do Pantanal, os militares continuam os trabalhos para conter as chamas na Fazenda Cambarazinho, em Poconé. Em Cáceres, são combatidos três incêndios: na Serra do Taquaral, no Parque Estadual do Guirá e em Porto Conceição. E, em Barão de Melgaço, os militares combatem um incêndio às margens do rio Cuiabá, próximo à divisa com Poconé.
Ao sul do Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense (Parna Pantanal) há um incêndio próximo à Fazenda Bélica, que faz divisa com Mato Grosso do Sul. Atuam equipes do Corpo de Bombeiros e brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Ainda no Parna Pantanal há um incêndio próximo à divisa com a Reserva Particular do Patrimônio Natural Estância Dorochê e o combate é feito pelo ICMBio, enquanto o Corpo de Bombeiros faz o monitoramento via satélite para orientar as equipes em campo.
O Batalhão de Emergências Ambientais monitora com satélites um incêndio florestal na Reserva Extrativista Guariba-Roosevelt, entre Colniza e Aripuanã, e as equipes em campo estudam a melhor forma de combate ao fogo na região.
Também são monitorados incêndios florestais nas Terras Indígenas Sangradouro/Volta Grande e Merure e na Reserva Indígne São Marcos, localizadas na região de Primavera do Leste. Por serem áreas indígenas, o combate deve ser feito por órgãos do Governo Federal, já que o Estado não possui autorização para atuar. Até o momento, o Corpo de Bombeiros não foi acionado.
Estrutura
Atuam no Pantanal 28 bombeiros, oito funcionários da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), cinco membros da Defesa Civil do Estado e um integrante do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp).
Este efetivo conta com o apoio de um avião, dez viaturas, nove máquinas para a construção de aceiros, quatro caminhões auto tanque e três embarcações.
Além disso, também participam das ações brigadistas do ICMBio e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e integrantes do Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira e Marinha do Brasil.
Em Vila Bela da Santíssima Trindade são 15 bombeiros em campo, com apoio de um avião; na APA Cabeceiras do Rio Cuiabá e na capital mato-grossense são sete militares em cada ocorrência; na Serra do Taquaral, em Cáceres, quatro; e em Pontes e Lacerda são dois militares.
O Batalhão de Emergências Ambientais (BEA) faz o monitoramento de todos os incêndios florestais do Estado, via satélite, para orientar as equipes em campo.
A estiagem severa e a baixa umidade do ar têm contribuído para a propagação das chamas e o Corpo de Bombeiros pede que a população colabore e respeite o período proibitivo. A qualquer indício de incêndio, os bombeiros orientam que a denúncia seja feita pelos números 193 ou 190.
Incêndios extintos
Desde o início do período proibitivo, dez incêndios já foram extintos em Mato Grosso: quatro em Cuiabá, três em Chapada dos Guimarães, um em Poconé, um em Nova Lacerda e um em Vila Bela da Santíssima Trindade.
Focos de calor
Em Mato Grosso, foram registrados 243 focos de calor entre quarta-feira (24.07) e quinta-feira, conforme última checagem, às 17h30, no Programa BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Desses, 111 se concentram no Cerrado, 104 na Amazônia e 28 no Pantanal. Os dados são do Satélite de Referência (Aqua Tarde).
Importante ressaltar que o foco de calor isolado não representa um incêndio florestal. Entretanto, um incêndio florestal conta com o acúmulo de focos de calor.