O mercado de biocombustíveis ganhou protagonismo com a agenda verde e a transição energética, e a expectativa é de que o segmento impulsione o agronegócio brasileiro. Derivado de óleos vegetais ou de gorduras animais, o biodiesel já tem a soja como responsável por mais de 80% de sua cadeia de produção. E um estudo divulgado, na última semana, pela consultoria Bain & Company apontou que o mercado de biocombustíveis deverá crescer cinco vezes até a metade deste século, impulsionado pelo consumo de diesel renovável e de combustível renovável de aviação (SAF, na sigla em inglês).
A produção brasileira terá papel relevante na expansão internacional dessa indústria. De acordo com o estudo, Brasil, Estados Unidos e países do Sudeste Asiático fornecerão cerca de 50% do volume total de insumos para biocombustíveis.
O economista Otto Nogami, professor do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), apontou que a cadeia de produção de biodiesel pode impulsionar o agronegócio de várias maneiras, uma vez que cria oportunidades de mercado para agricultores e empresas do setor agropecuário. “A produção de biodiesel requer matérias-primas como óleo de soja, óleo de milho, óleo de canola e outras. Isso cria uma demanda adicional por essas culturas, incentivando sua expansão, o que tende a impulsionar a produção agrícola e a aumentar a renda dos agricultores”, afirmou Nogami.
Segundo estimativas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, feitas em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), o PIB total da cadeia da soja e do biodiesel produzido a partir do grão deve crescer 19,88% apenas em 2023. Com isso, a cadeia produtiva pode alcançar um PIB total de R$ 691 bilhões neste ano, o que representará 28,5% do total do agronegócio brasileiro. Em 2022, soja e biodiesel tiveram um PIB de R$ 633,7 bilhões, equivalentes a 27% de todo agro nacional.
“O agro é chave para a agenda verde do Brasil”, declarou o coordenador do Observatório de Bioeconomia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Daniel Vargas. Segundo ele, há três campos fundamentais na contribuição do agronegócio para a agenda de transição ecológica.
“O primeiro é energia, em particular de biocombustíveis. A demanda por novas fontes de energia crescerá muito no futuro. Já temos uma indústria organizada, terra disponível e capacidade para avançar muito nesta frente”, afirmou. O segundo campo é o de alimentos sustentáveis e o terceiro são os serviços ambientais. “Não há transição verde sem comida barata e de qualidade. Além disso, o Brasil é uma das grandes fábricas de serviços ambientais. Hoje, é um serviço gratuito que prestamos”, avaliou.
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