Carioca, a artista se mudou para Mato Grosso em 1981. Ela criava obras com pigmentos naturais e materiais recicláveis.
A artista plástica e jornalista Vitória Basaia morreu nessa quarta-feira (15), aos 68 anos, em Cuiabá. Ela estava internada por causa da diabetes em um hospital da capital, há uma semana. Carioca, se mudou para Mato Grosso em 1981 e criou obras que abrangem o universo feminino, como a maternidade, senso de proteção e a sexualidade.
Basaia iniciou nas artes plásticas como autodidata e desenvolvia pesquisas com pigmentos naturais e materiais recicláveis desde 1985. As telas e esculturas eram feitas de tintas com terra e rejeitos como madeira, sucata e plástico.
Como jornalista, fez parte da editoria de cultura e cobriu pautas relacionadas à arte na capital. Escrevia sobre os artistas e teve a ideia de criar a primeira exposição, que se chamava ‘Basaia se atreve’ e contava com desenhos, instalações e esculturas.
Criou a Casa Basaia, com um acervo de mais de mil obras, que era aberto ao público fazendo parte de vários roteiros para visitação. A artista também já expôs obras em outros países como Portugal e no Peru. No Brasil, levou as exposições para Goiás, Maranhão, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia e Brasília.
Vitória Basaia deixa três filhos, sete netos e três bisnetos.
O filho da artista, Juan Maro Kersul de Carvalho, relembrou algumas obras da mãe.
“Era um vulcão de criação de multiversos. Das suas mãos ela produzia imagens que eram peixes, que viraram jacarés, que viravam gente e contavam uma história. Ela era uma conta de histórias, educadora que ensina o quanto é importante falar para o mundo que a gente está aqui e que a gente também faz parte do mundo. Ela deixa um pouquinho dela em cada nós”, disse.
O velório da artista acontecerá a partir de 13h, nesta quinta-feira (16), na “Capelas jardins”, Capela Orquídea.