TSE reviu cassação que tornou inelegível o político de Mato Grosso. Geller foi ministro da Agricultura de Dilma Rousseff e apoiou Lula na campanha de 2022.
O ex-deputado e ex-ministro Neri Geller foi nomeado nesta sexta-feira (22) como novo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura.
A nomeação, assinada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, foi publicada no “Diário Oficial da União”, e ocorre na semana seguinte à decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de rever a cassação do mandato de deputado de Geller, determinada em 2022.
O político mato-grossense, que ocupou o mesmo cargo no governo de Dilma Rousseff e foi ministro da Agricultura em 2014, foi uma das lideranças do agronegócio que esteve ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na campanha eleitoral de 2022, quando a maior parte do setor apoiou o então presidente Jair Bolsonaro (PL).
Geller participou da transição de governo e chegou a ser cotado para assumir o Ministério da Agricultura, porém Lula optou por Carlos Fávaro.
Geller estava impedido de ocupar cargos públicos em razão da condenação pelo TSE, que cassou seu mandato de deputado federal e o declarou inelegível por oito anos.
O ex-ministro foi acusado de utilizar a conta bancária do filho para esconder gastos de uma campanha eleitoral em 2018.
A denúncia feita pelo Ministério Público Eleitoral de Mato Grosso (MPE) em 2022 apontou que o ex-deputado teria “disfarçado” recebimento de dinheiro.
Geller alegou que não cometeu crime eleitoral, já que o filho é seu sócio. Os pagamentos feitos por duas multinacionais acabaram enviados para a conta do filho, o que não representaria irregularidade segundo a defesa.