Quatro adolescentes, entre 12 e 16 anos, foram expulsos de uma escola particular, em Cuiabá, após criarem falsas imagens de nudez, com auxílio de inteligência artificial, das colegas de sala e de uma professora para divulgarem em grupos de pornografia nas redes sociais. De acordo com a Polícia Civil, até esta quarta-feira (25), três boletins de ocorrência foram registrados denunciando o crime. A informação foi confirmada pela escola.
A escola informou que, devido à situação vexatória que as vítimas foram submetidas, a instituição tem oferecido apoio aos envolvidos no caso de deepfake e que “já possui programas regulares de combate à violência e ao bullying”.
O primeiro boletim de ocorrência foi registrado em julho deste ano, quando as montagens dos alunos foram compartilhadas em um grupo da escola. Segundo a Associação SOS Bullying, que acompanha o caso, apesar do boletim, as imagens continuaram sendo divulgadas por meio de conversas e publicações online, no mês de agosto. A associação informou que os alunos foram expulsos após os pais das vítimas relatarem o ocorrido, na semana passada.
A SOS Bullying ainda informou que mais de 30 jovens foram expostos com as imagens falsas, que foram feitas e divulgadas pelos adolescentes expulsos. Segundo a denúncia, as imagens de nudez eram geradas a partir de fotos que mostravam os rostos das vítimas.
O caso é investigado pela Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) de Cuiabá.
Veja abaixo o posicionamento da escola na íntegra:
A partir das informações sobre o caso de ciberbullying, o colégio informa que os responsáveis pela criação e compartilhamento do conteúdo vexatório foram submetidos à transferência compulsória.
Além disso, a escola tem oferecido apoio às vítimas da deepfake e já possui programas regulares de combate à violência e ao bullying. Um exemplo disso são as reuniões semanais que acontecem em todas as unidades da rede, onde temas como valorização, ética estudantil e moral são abordados por profissionais capacitados, em conjunto com os alunos.
Salientamos que a instituição repudia qualquer ato de violência ou ciberbullying, tanto dentro quanto fora de seus domínios, e está sempre vigilante na proteção da integridade física e moral dos seus alunos e colaboradores. Ressaltamos também que o caso está sendo acompanhado por órgãos públicos competentes.
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