A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aprovou nesta quarta-feira (19), um Projeto de Lei que proíbe a exploração do gás de folhelho, também conhecido como gás de xisto, pelo método de fratura hidráulica no estado.
Segundo o projeto, essa técnica contém riscos ambientais associados, como possíveis tremores de terra, contaminação de lençóis freáticos e gasto de água em grandes quantidades.
O objetivo da lei é proteger as reservas naturais de água e resguardar a agricultura, que é a principal fonte econômica mato-grossense, já que essa técnica implica em um alto consumo de água, que pode acabar prejudicando o agronegócio.
A reportagem conversou com o geólogo Caiubi Kuhn, que disse que já foram feitas pesquisas para implementação dessa técnica no estado, no entanto, atualmente, esse método de exploração não é utilizado em Mato Grosso.
Gás de xisto é um termo que se popularizou no Brasil para tratar de gás não convencional – extraído de rochas de folhelho.
Esses recursos são extraídos de rochas com baixa permeabilidade e baixa porosidade. Tanto o gás quanto o petróleo encontrado nesse tipo de formação rochosa são chamados de recursos “não convencionais”.
A diferença entre a exploração “não convencional” e “convencional” é a facilidade de extração desses recursos.
A técnica de fraturamento hidráulico é uma forma de estimular o poço para aumentar a produtividade. O método consiste em fraturar as rochas para abrir “espaços” por onde o gás e o petróleo possam fluir.
O fraturamento hidráulico é feito por meio da injeção de fluidos, chamados de “coquetéis” – que contêm água, areias finas e compostos químicos.
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