A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) realizou na noite de segunda-feira (21) a abertura do 9º Simpósio sobre Dislexia de Mato Grosso. Este ano o tema em debate é “Desvendando os Transtornos Específicos de Aprendizagem”. O objetivo é discutir políticas públicas que garantam educação inclusiva, acessibilidade e saúde pública para pessoas com dislexia.
De acordo com o deputado Wilson Santos (PSD), autor da Lei nº 12.205/2023, que instituiu o Dia Estadual da Dislexia, celebrado no dia 8 de outubro, e coordenador do simpósio, é necessário trabalhar na formatação de políticas públicas capazes de mitigar o sofrimento, a discriminação e a exclusões das pessoas com dislexia.
“Eu quero começar dizendo que dislexia não é uma doença, é uma limitação no processo de aprendizagem, principalmente nos primeiros anos, muito ligado à alfabetização. A Assembleia de Mato Grosso é protagonista em nível nacional nessa temática. Nós conseguimos colocar o assunto da dislexia na agenda dos governantes, do Ministério Público Estadual, da Defensoria Pública, dos Poderes Executivo e Legislativo. Nasceu aqui a Associação de Dislexia Mato Grosso. Essa sementinha expandiu-se pelo Brasil, e hoje há diversos estados que já têm a sua associação”, disse.
“O trabalho continua, nós não vamos desistir, não vamos lagar as mãos, a legislação é muito bacana, agora é fazer cumprir, por exemplo, o programa de atenção especializada para as crianças, para os adolescentes na rede pública do ensino, concluiu o parlamentar”.
A palestrante e fonoaudióloga Cinthia Salgado, disse da importância de práticas de sucesso e da troca de informações para chegar no diagnóstico, principalmente no contexto de alfabetização.
“A dislexia é um transtorno que acompanha o indivíduo ao longo da vida, uma condição em que ele vai se adaptando para ter uma leitura eficiente e uma vida social. Nossa prática de sucesso na faculdade do Rio Grande do Norte é trabalhar em parceria entre saúde e educação. Então a gente faz o diagnóstico em equipe com o fonoaudiólogo, psicólogo e médico, que detectam a dislexia e aí é possível fazer as intervenções necessárias o quanto antes”, explicou Cintia.
A estudante de medicina Dinalva Maria de Souza descobriu que era disléxica recentemente. Para ela, a descoberta está abrindo portas para entender melhor algumas de suas limitações. “Eu percebo que algumas vezes troco palavras, não consigo fazer a leitura e as palavras se embolam”.
A presidente da Associação Mato-Grossense de Dislexia, Ailma Ribeiro, explicou que o objetivo de cada edição do Simpósio é trazer informações novas e esclarecedoras. “Precisamos que a população saiba o que é a dislexia e como lidar e diagnosticar o transtorno. A conscientização e a descoberta do problema podem ajudar e muito o futuro da pessoa com dislexia”, contou Ailma
Programação – O 9º Simpósio sobre Dislexia na ALMT continua nesta terça-feira (22), no Centro Universitário de Várzea Grande (Univag), às 19h, e no dia 23, na Escola Estadual Victorino Monteiro da Silva e na Escola Liceu Cuiabano (privado para professores e alunos da escola).
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