Do interior à cultura indígena: g1 listou três destinos únicos para explorar o turismo em Mato Grosso.
🌄💧🍹Turismo em aldeias indígenas, casarão com vista para Serra Azul ou espaço multicultural com coquetéis autorais? Com o final de ano chegando, o turismo em Mato Grosso pode fazer sua viagem ter experiências mais completas, além de ser uma ótima oportunidade para sair dos pontos turísticos tradicionais e famosos para buscar novas experiências.
Para quem tem em mente sair do comum e conhecer outras culturas, o etnoturismo em aldeias indígenas pode ser uma opção. Em 2022, o povo Balatiponé estava em busca de alternativas para geração de renda dentro do território e começaram a se estruturar para receber turistas.
O cacique Felisberto Copodonepá contou que a partir da iniciativa da comunidade outras aldeias se mobilizaram para a elaboração do plano de visitação.
“Ao longo do tempo, estavámos recebendo alunos de escolas, universidades, mas nunca havíamos pensado que isso poderia ser a saída que estávamos buscando”, disse.
Segundo ele, cada aldeia tem seus atrativos individuais, com a imersão na cultura indígena através da confecção de artesanatos, preparo de alimentos, rituais e danças.
Turismo em aldeias indígenas de MT
A Aldeia Massepô, em Barra do Bugres, a 169 km de Cuiabá, se destaca pelo café clonal (planta melhorada e clonada de uma planta-mãe com características desejadas), que a partir da degustação do café, produzido diretamente na aldeia, leva os turistas a ter acesso aos sabores da comunidade Umutina.
Das 14 aldeias do território Umutina, cinco estão aptas a receber os viajantes. A região já recebeu turistas de outros países, como Canadá, Estados Unidos, Romênia e Portugal, o que mostrou o crescente interesse pelo turismo cultural em Mato Grosso, segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec).
Primeira agência de turismo indígena em MT
O projeto ‘Haliti Paresi’, primeiro projeto turístico-cultural indígena de Mato Grosso contribuiu para o ecoturismo e etnoturismo de forma sustentável para o estado. O cacique Rony Paresi, da Aldeia Wazare, protocolizou o projeto em 2021 na sede da Funai em Cuiabá.
“Turismo não é só tirar foto, dançar e se pintar, mas sim responsabilidade. Tem que ter um objetivo, não só financeiro, mas cultural, social e ambiental, que torne possível uma conceituação de direcionamento em relação aos povos indígenas”, contou Rony, durante a protocolização.
Apesar dos diversos pontos turísticos naturais, o etnoturismo reforçou a importância cultural dos povos nativos e valorizou as comunidades, difundindo o conhecimento dessas populações.
“Mato Grosso é conhecido pelas cachoeiras, Pantanal, entre outros, mas a gente tem conseguido mostrar que o etnoturismo é uma alternativa que irá movimentar cada vez mais o turismo no estado, principalmente pela diversidade de povos indígenas”, explicou Felisberto.
Um casarão, uma vista e muitas histórias
Um casarão, uma vista e muitas histórias
Saindo do território indígena e viajando para Primavera do Leste, a 230 km de Cuiabá, o turismo mato-grossense revela suas múltiplas faces. Um casarão com vista para a Serra Azul é um exemplo de como uma propriedade privada pode se transformar em um destino único que combina charme e hospitalidade.
A pousada foi construída em 2000 pelos proprietários Adriana e Waldir Freitas. Eles contaram que queriam construir uma casa de fim de semana para a família e também seria uma área de lazer para os funcionários das empresas do casal.
Apesar dos planos, os filhos cresceram e se mudaram, então, para não se sentirem sozinhos, decidiram reformar a residência e abrir as portas ao público.
“Além de continuar morando no local dos sonhos, estaremos conhecendo pessoas diferentes, construindo novas amizades, longe da solidão e ganhando dinheiro” contou.
Waldir também explicou que cada detalhe da pousada, cada árvore ou arbusto do quintal tem uma história. Além da vista para a Serra Azul, atrativo natural conhecido no estado, a pousada possui aconchegantes acomodações e até mesmo, uma adega com sala de degustação para os visitantes.
Destino multicultural com drinks e hospedagem
Destino multicultural com drinks e hospedagem
A paraense e proprietária do local, Amanda, de 34 anos, contou que ela e o marido trocaram a ideia de servir a bebida quente pelos drinks autorais dele.
“A ideia surgiu pelo fato do meu esposo, nunca ter gostado de cerveja e sempre fazia os drinks em festa de amigos. Ele sempre levava as coisas para fazer e aí começamos a amadurecer essa ideia de fazer um bar de drinks”, relembrou.
O responsável pelas bebidas, Carlos Eduardo Gavioli, de 43 anos, era advogado, mas decidiu trocar os tribunais pelos balcões e os coquetéis. Hoje, como mixologista e bartender, apresenta receitas super refrescantes de cocktails, com e sem álcool, para receber os visitantes.
Além do bar, o Aldeia Velha é um espaço multicultural, que oferece apresentações musicais em um ambiente acolhedor que, para completar, também dispõe de quartos para hospedagem, garantindo uma experiência completa para os visitantes.
*Sob supervisão de Kessillen Lopes