Da Amazônia para a Caatinga. Na última semana, indígena, agricultores e agricultoras familiares da Rede de Produção Orgânica da Amazônia Mato-grossense (Repoama) participaram de um intercâmbio no município de Irecê, na Bahia.
O objetivo da viagem foi a troca de experiências sobre comercialização. Isso porque, conforme explicou a técnica socioambiental do Instituto Centro de Vida (ICV) Aline Veras, a rede está em uma etapa em que precisa criar mecanismos para que a sua produção orgânica chegue até o consumidor final e aos mercados privados e institucionais.
“A rede vem passando por vários processos. Primeiro, tivemos o credenciamento como Sistema Participativo de Garantia (SPG) pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Depois, tivemos a primeira rodada de certificação. Agora, a gente precisa pensar como comercializar esses produtos”, explicou.
A iniciativa escolhida para troca de experiências foi o Núcleo Raízes do Sertão da Rede de Agroecologia Povos da Mata, um Organismo Participativo de Avaliação de Conformidade Orgânica (OPAC) criado em 2016 a partir da integração entre agricultores, indígenas e quilombolas.
O presidente da Cooperativa dos Produtores Hortifrutigranjeiros de Paranaíta (Coopervila), Sulivan da Silva, destacou que durante a viagem viu experimentações técnicas que até então nunca tinha visto em 13 anos de atuação.
“A gente viu que mesmo de forma orgânica é possível produzir em uma escala maior, utilizando os recursos naturais da própria propriedade. A parte da comercialização a gente também tirou muito aprendizado, então a gente vem de lá com a intenção de colocar em prática tudo o que a gente viu”, disse.
A indígena Janice Tsari Rikbaktatsa, do povo Rikbaktsa, explicou que o extrativismo da castanha do Brasil é a principal atividade em sua terra indígena. Ela pontuou que tudo o que aprendeu em Irecê será útil para o seu povo.
“O que mais me chamou a atenção foi a união deles. A união deles fortalece muito. Essa questão de cuidado com o outro, das histórias que eles contaram para a gente. Então é isso o que eu quero colocar e prática na minha comunidade.”
Repoama
A rede foi criada em 2019 por meio da união de agricultores e agricultoras familiares da região norte de Mato Grosso. Depois de um longo processo, a rede foi credenciada em 2023 como SPG pelo Mapa.
Por meio desta modalidade, os próprios agricultores são capazes de fiscalizar as propriedades dos participantes da rede para verificar se elas estão ou não em conformidade com o que manda a legislação orgânica. Em caso positivo, eles recebem o certificado.
Hoje, cerca de 50 famílias fazem parte da Repoama. Elas residem nos municípios de Alta Floresta, Paranaíta, Nova Bandeirantes, Nova Monte Verde, Cotriguaçu, Colniza e Carlinda. A viagem para Bahia foi realizada por meio do projeto Amazônia Viva Alimenta (AVA), financiado pela União Europeia.
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