Nathalia Haiana, acusada de matar o marido, identificado como Márcio José Silva, de 46 anos, com a ajuda da família dela, em Aripuanã, a 1.002km de Cuiabá, foi condenada por homicídio triplamente qualificado, com pena de 17 anos e quatro meses de prisão. O crime ocorreu em janeiro de 2021.
A irmã de Nathalia, Larissa Pamela Ramos da Silva, e a mãe delas, Maria Geralda Pereira Ramos, também foram condenadas e devem pagar as despesas processuais.
Junto com elas, os executores do crime identificados como Lougas Augusto e Mateus Costa Barcelos, também foram condenados. Segundo a denúncia, após o crime, eles foram até a casa de Maria Geralda, mãe de Nathalia, e avisaram que o ‘serviço estava feito’.
A reportagem tentou contato com a defesa dos réus, mas, até a última atualização desta reportagem, não obteve retorno.
De acordo com o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), o Conselho de Sentença reconheceu que o crime foi cometido por “motivo torpe, emprego de tortura e recurso que dificultou a defesa da vítima”.
À época, os envolvidos informaram que o crime havia sido planejado por Nathalia, pois, segundo a suspeita, Márcio a agrediu, cometia traições e também havia tentado abusar sexualmente da irmã dela quando a garota tinha 11 anos.
A vítima foi atingida por diversos disparos de arma de fogo, chegou a ser socorrida e transferida para Cuiabá, mas morreu dias depois.
O crime ocorreu na madrugada do dia 13 de janeiro deste ano, em uma propriedade rural de Aripuanã, quando as vítimas, Márcio José Silva, de 46 anos, e o filho dele, de 23 anos, foram rendidas pelos criminosos.
A Polícia Militar realizava rondas, quando o jovem de 23 anos procurou a guarnição e informou que dois homens armados em um carro o renderam, o amarraram e o obrigaram a levá-los até o pai.
Segundo o jovem, assim que os criminosos encontraram o seu pai, ele também teve as mãos e pés amarrados e ambos foram levados para uma estrada, a cerca de sete quilômetros da cidade.
De acordo com o relato do filho à polícia, o suspeito o deixou dentro do carro e levou o pai até as margens de um rio, quando então escutou barulho de disparos de arma de fogo. Logo após os suspeitos retornaram ao veículo, onde o rapaz estava amarrado, voltaram para a cidade e em seguida liberaram o rapaz, quando ele então procurou a Polícia Militar.
Imediatamente, os militares foram até o local indicado pela vítima e encontraram Marcio José caído com perfurações na região da cabeça e costas. A vítima foi socorrida ainda com vida e encaminhada ao Hospital Municipal de Aripuanã, onde permaneceu internada sob cuidados médicos. No entanto, Márcio não resistiu e foi a óbito nessa segunda-feira (25).
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