Previsão é que ele retornasse para São Paulo no dia 9 de dezembro, mas o último contato realizado com a família foi no dia 17 do mesmo mês.
Um mês após a última mensagem enviada, a família continua procurando pelo piloto Raphael Alvarez Fonseca, de 38 anos, que está desaparecido desde o dia 18 de dezembro de 2024, após viajar a trabalho para Mato Grosso.
À principio, Raphael havia informado ao pai, Genildo Fonseca, que havia sido contratado para pilotar um helicóptero, em Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá. No entanto, Genildo contou, que nesta sexta-feira (17), a Polícia Civil de Goiânia (GO) informou que Raphael saiu da capital goianiense no dia 12 de dezembro, com destino à Rondonópolis e depois Poconé, a 218 km e 104 km de Cuiabá respectivamente, pilotando a aeronave Cessna Aircraft.
Genildo afirmou que não sabe se o filho chegou a ir para Barra do Garças e descreveu a angústia que a família vem sentindo no último mês, mas reforça a esperança de reencontrar o filho.
“Estou vivendo o momento mais difícil da minha vida. A família em desespero, sem informações consistentes, uma angústia enorme. Sensação de impotência, mas sem perder a esperança de encontrá-lo bem”, desabafou.
No último domingo (12), a Igreja e Convento de São Francisco, em São Paulo, celebrou uma missa em solidariedade à família que aguarda o retorno de Raphael.
Cronologia do desaparecimento
Raphael e a família moram em Caucaia do Alto, distrito de Cotia (SP), de onde o piloto saiu no início de dezembro para realizar um trabalho de aviação executiva em Manaus (AM). A previsão é que ele retornasse para São Paulo no dia 9 de dezembro, mas entrou em contato com a família informando sobre a oportunidade trabalho em Mato Grosso.
Segundo Genildo, o filho disse que iria para Barra do Garças e pilotaria um helicóptero Agusta. Depois, a família não teve notícias de Raphael durante alguns dias. No dia 12 de dezembro, Genildo entrou em contato com a empresa que vendeu a passagem de Manaus para Goiânia (GO), cidade próxima à Barra do Garças, em Mato Grosso.
Tiago Gomes, a pessoa que teria vendido a passagem para Raphael, disse a Genildo que o piloto estava bem, que entraria em contato em breve e informou o hotel em que Raphael estava hospedado. Ao ligar para o hotel, Genildo soube que o filho já havia feito o checkout.
A informação fornecida pela Polícia Civil de Goiânia, de que Raphael teria saído de lá para Rondonópolis, se encaixa nesse período, mesmo dia em que Genildo entrou em contato com a empresa de passagens.
Depois de alguns dias de angústia, Raphael fez uma chamada de vídeo para o pai no dia 16 de dezembro, dizendo que voltaria em tempo de passar o Natal em casa.
“Pai está tudo bem por aqui. Depois conto detalhes”, disse Raphael durante a ligação.
No dia seguinte, Raphael enviou uma mensagem para a esposa dizendo ‘não fala muito, tô voando’. Depois, todas as tentativas de contato da esposa não tiveram resposta.
Desde então, a família tenta descobrir o que aconteceu com Raphael. Genildo registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil e foi orientado a procurar a Polícia Federal.
O pai de Raphael também percebeu que o número usado durante a chamada de vídeo era diferente do número usado nas ligações anteriores. Segundo ele, o prefixo era da Bolívia (591).
O caso é investigado pela Polícia de São Paulo. A Polícia Civil de Mato Grosso informou que está apoiando as investigações por meio das delegacias dos municípios envolvidos.