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Diretor de hospital preso em operação que investiga desvio de dinheiro do SUS é solto em MT

diretor do Hospital Regional de Cáceres (MT), Onair Nogueira, preso na última sexta-feira (6), foi solto nessa segunda-feira (9), após decisão da juíza Ana Lya Ferraz. Onair e outras 12 pessoas são investigadas na Operação Panaceia, deflagrada pela Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU), que apura desvio de recursos públicos do Sistema Único de Saúde (SUS).

Conforme decisão, Onair foi solto com a condição de cumprir medida cautelar, como a proibição de contato com outros investigados.

De acordo com a PF, a operação cumpriu 15 mandados de busca e apreensão e dois afastamentos de servidores públicos do hospital durante a operação. A Justiça também mandou bloquear R$ 5,5 milhões da conta dos 12 investigados pela polícia.

Secretária exonerada

 

Secretária-adjunta de Saúde de MT Carol Dobes — Foto: Reprodução
Secretária-adjunta de Saúde de MT Carol Dobes — Foto: Reprodução

A secretária adjunta de Unidades Especializadas da Secretaria de Saúde de Mato Grosso (SES-MT), Caroline Campos Dobes Conturbia Neves, também foi alvo da operação. Nessa segunda (9), ela foi exonerada do cargo.

A reportagem tenta localizar a defesa da citada.

Durante as investigações, foi solicitado o afastamento da secretária, citada nas investigações como ‘a mulher da SES’, foi solicitado pela Justiça como medida cautelar, para evitar que uma possível influência dela nas investigações.

Investigações

 

Conforme as investigações, as fraudes tiveram início durante a pandemia de Covid-19, quando servidores e empresas passaram a direcionar recursos do governo federal destinados ao SUS em Mato Grosso a um grupo fechado de empresas, cujos sócios possuem ligação entre si, prejudicando a participação de outros interessados.

As empresas envolvidas no esquema de desvio de dinheiro receberam cerca de R$ 55 milhões até agosto de 2024. A maior parte do dinheiro foi depositada durante a pandemia de Covid 19, segundo a PF.

As empresas simulavam um ambiente competitivo, inclusive apresentando propostas para conferir aparência de legalidade aos procedimentos;

Irregularidades

 

Segundo a PF, também foi cumprida uma ordem judicial para o bloqueio de R$ 5,5 milhões. — Foto: Polícia Federal
Segundo a PF, também foi cumprida uma ordem judicial para o bloqueio de R$ 5,5 milhões. — Foto: Polícia Federal

A Procuradoria Geral do Estado de Mato Grosso (PGE) emitiu parecer alertando as irregularidades aos servidores públicos envolvidos, antes mesmo da assinatura dos contratos, mas as contratações prosseguiram normalmente, segundo o delegado responsável pela investigação, Irineu Dias.

De acordo com a Secretaria de Saúde de Mato Grosso (SES/MT), o Hospital Regional de Cáceres atua como referência para 23 municípios, atendendo uma população de aproximadamente 400 mil habitantes.

Investigações apontaram que as fraudes tiveram início durante a pandemia de Covid-19 — Foto: Polícia Federal
Investigações apontaram que as fraudes tiveram início durante a pandemia de Covid-19 — Foto: Polícia Federal

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