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quarta-feira, dezembro 4, 2024
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CST debate produção e sistematização na educação em MT

A Câmara Setorial Temática (CST) sobre Produção e Sistematização em dados de Mato Grosso realizou, nesta quinta-feira (28), reunião para debater a “sistematização da aprendizagem” referindo-se a uma forma metodológica de elaborar o conhecimento, baseada na organização de dados e com um conjunto de práticas e conceitos que geram reflexão. Participaram representantes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e equipe técnica do gabinete do deputado Carlos Avallone (PSDB).

“A Câmara Setorial terá seis meses para ser concluída. Então, nós precisamos colocar aqui qual é o objetivo da nossa proposta que pretendemos chegar e quais conclusões de trabalho queremos chegar. Durante esse período de debates, nosso objetivo é ouvir algumas pessoas e instituições. Depois vamos preparar um plano de ação para dar sequência com propostas que serão encaminhadas para o Governo do estado”, revelou Avallone.

O professor de estatística da UFMT, Anderson Castro Soares de Oliveira, falou sobre a promoção do letramento estatístico na educação básica; estruturas para introduzir letramento estatístico desde o ensino básico, preparando os alunos para uma sociedade orientada por dados; iniciativas para formar professores em análise e interpretação de dados educacionais; indicadores de desempenho escolar e transparência; utilização de dados para acompanhar e divulgar indicadores de desempenho escolar em tempo real; como promover a transparência nos resultados educacionais e no uso de dados para a melhoria do ensino; mapeamento de necessidades educacionais com base em dados; uso de dados para identificar carências em infraestrutura, materiais e formação de professores em diferentes regiões; métodos para o monitoramento contínuo das necessidades educacionais com dados atualizados.

“A sistematização do ensino é um processo pedagógico que visa organizar e estruturar, de forma sistemática, o conteúdo a ser ensinado, de modo a facilitar a aprendizagem dos alunos. Essa prática envolve a elaboração de um plano de ensino detalhado, com objetivos claros, sequência lógica de atividades e recursos didáticos adequados”, revelou o professor.

Oliveira destacou ainda a importância da sistematização do ensino como ferramenta fundamental para garantir a eficácia do processo educacional.

“Ao organizar o conteúdo de forma estruturada, o professor consegue transmitir os conhecimentos de maneira mais clara e objetiva, facilitando a compreensão dos alunos. Além disso, a sistematização permite uma melhor avaliação do aprendizado, pois possibilita a identificação de lacunas no conhecimento e a adoção de estratégias de reforço”, disse.

A sistematização do ensino envolve diversas etapas que devem ser seguidas de forma sequencial. Uma delas é a definição dos objetivos de aprendizagem, ou seja, quais são os conhecimentos, habilidades e competências que se espera que os alunos adquiram ao final do processo.

“Após a definição do conteúdo, é preciso planejar as atividades que serão realizadas em sala de aula. Isso inclui a escolha dos recursos didáticos adequados, como livros, materiais audiovisuais e tecnologias educacionais, além da definição das estratégias de ensino, como aulas expositivas, atividades práticas e trabalhos em grupo”, completa o professor.

Dados do censo demográfico 2022 do IBGE mostram que Mato Grosso tem umataxa de alfabetização de 94,19% – maior que a média do Brasil, que ficou em 93%. Isso significa que mais de 164 mil pessoas acima de 15 anos são analfabetas no estado.

A superintendente estadual do IBGE em Mato Grosso, Millane Chaves da Silva, disse que o desempenho do ensino médio das escolas públicas de Mato Grosso foi o segundo melhor entre os 26 Estados e Distrito Federal, no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2023.

“A porcentagem de crianças de 4 a 5 anos que frequentam a pré-escola voltou a crescer em 2023, superando índices do período pré-pandemia. A taxa de escolarização chegou a 92,9% ante a 91,5% em 2022, e 92,7% em 2019”, apontou ela.

Na visão do professor Anderson Oliveira a avaliação do aprendizado é uma etapa fundamental da sistematização do ensino, pois, segundo ele, “ela permite verificar se os objetivos de aprendizagem foram alcançados e identificar possíveis dificuldades dos alunos. A avaliação pode ser realizada de diversas formas, como provas, trabalhos individuais ou em grupo, apresentações e participação em sala de aula”, afirmou ele.

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