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sexta-feira, novembro 15, 2024
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Candidato a vereador é alvo de operação suspeito de promover campanha com dinheiro de facção criminosa em MT

O advogado e candidato a vereador, Ary Campos (PT), foi alvo da Operação Infiltrados, deflagrada pela Polícia Civil nesta sexta-feira (27), suspeito de utilizar dinheiro de facção criminosa para promover a campanha política em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá.

De acordo com a Polícia Civil, entre os alvos da operação está a Associação dos Familiares e Amigos de Recuperando de Rondonópolis (Afar), que, conforme a investigação, era utilizada para lavagem de dinheiro e realizava eventos de assistencialismo para beneficiar a organização criminosa e o candidato Ary.

A reportagem entrou contato com Ary, mas não obteve retorno até esta publicação. A reportagem tenta contato com a Afar.

A operação cumpriu, ao todo, 73 ordens judiciais contra os integrantes da facção, em 21 bairros nas cidades de Água Boa, Barra do Garças, Campinápolis, Guiratinga, Lucas do Rio Verde, Pedra Preta e Rondonópolis.

Entre os mandados estão 34 de busca e apreensão e 13 medidas cautelares contra 43 pessoas investigadas no inquérito que foi instaurado pela Delegacia Especializada de Repressão aos Roubos e Furtos (Derf).

Segundo a polícia, os investigados são suspeitos de tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, integrar organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Devido à operação, a Justiça de Mato Grosso decretou, contra o candidato, medidas cautelares como monitoramento por tornozeleira eletrônica e proibição para sair em horários determinados pelo tribunal.

Os investigados são suspeitos de tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, integrar organização criminosa e lavagem de dinheiro — Foto: Polícia Civil de Mato Grosso
Os investigados são suspeitos de tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, integrar organização criminosa e lavagem de dinheiro — Foto: Polícia Civil de Mato Grosso

De acordo com a Derf Rondonópolis, o grupo criminoso atua desde 2021 com o tráfico de drogas. Além disso, foi confirmado pela polícia que os suspeitos organizavam rifas, bingos e torneios de futebol para arrecadar dinheiro para o crime organizado.

A investigação ainda constatou que alguns membros da facção já estavam presos, por outros crimes, em unidades prisionais do estado. O grupo tem como líderes dois irmãos, cuja família também teve outros membros identificados como participantes das atividades criminosas, que, também, foram alvos das Operações Reditus e Rouge, ambos da Polícia Civil.

Participaram da operação: Delegacia Regional de Rondonópolis, Delegacia Regional de Primavera do Leste e Diretoria do Interior.

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