O homem é suspeito de fazer a receptação das peças de veículos roubados no Mato Grosso.
Um empresário de 54 anos foi preso na Praia do Sol, em João Pessoa, por suspeita de envolvimento em um esquema de roubos, furtos, desmanche e venda de peças de mais de 1.200 motos no Mato Grosso. O suspeito tinha um mandado de prisão preventiva pelo crime de organização criminosa, expedido pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá.
De acordo com a Polícia Militar da Paraíba, que realizou a prisão através do Batalhão de Policiamento de Choque (BPChoque), o empresário atuava fazendo a receptação das peças de motos roubadas ou furtadas, utilizando o próprio estabelecimento no esquema.
O suspeito foi preso na região da zona sul de João Pessoa, onde estava construindo uma casa. O homem foi apresentado na Cidade da Polícia Civil, no bairro do Geisel, em João Pessoa.
As investigações
As investigações descobriram a atuação de uma organização criminosa composta por inúmeros integrantes, com funções previamente definidas, que praticaram diversos furtos qualificados, receptações dolosas qualificadas, lavagem de dinheiro e adulteração de sinais identificadores veicular no Mato Grosso.
As investigações apontaram que a organização criminosa atuava, especialmente, na subtração de motocicletas. Os veículos eram transportados para um local onde eram mantidos até que terminassem as primeiras iniciativas de recuperação por parte das forças de segurança.
Posteriormente, os veículos tinham as placas adulteradas e eram providenciados os encaminhamentos das motocicletas de acordo com as oportunidades oferecidas, e sofriam ações de desmanches ilegais cujas peças veiculares eram vendidas às empresas de autopeças, oficinas de motocicletas, ou em outras ocasiões, as motocicletas eram adquiridas por receptadores sendo vendidas em lava jatos, oficinas, em redes sociais ou em aplicativos de vendas
Nas investigações, também foram identificadas existência de três grupos que integram a organização criminosa, sendo um voltado aos furtos qualificados, adulteração de sinais identificadores veiculares e receptação dolosa, outro responsável pelo desmanche dos veículos furtados, com a finalidade de promover na região metropolitana a distribuição de peças veiculares, e outro grupo criminoso que foi montado para vender as peças de veículos furtados.
A primeira fase, deflagrada em fevereiro de 2022, teve como alvo a organização criminosa identificada em 60 procedimentos investigados na Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DERFVA) e que pode estar ligado a mais de 1.200 furtos de motocicletas que aconteceram nos últimos anos na região metropolitana, além da adulteração de aproximadamente 150 placas de veículos.
Em abril de 2023, houve uma nova fase da operação que cumpriu 60 mandados de prisão e busca e apreensão contra a organização criminosa.