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domingo, novembro 17, 2024
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Saiba quem era professor encontrado morto dentro de freezer em MT

O professor Carlos de Souza Pedrosa, que foi encontrado morto dentro de um freezer abandonado em uma área rural de Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, nessa segunda-feira (26), estava aposentado há cerca de dois anos. Conhecido como “Carlinhos”, ele começou a trabalhar em um centro municipal de ensino fundamental e infantil de Tangará da Serra, em 1999, depois, passou por outras escolas da cidade.

O professor de 58 anos nasceu no dia 6 de março de 1966, no distrito de Pirapanema do município Muriaé (MG) e formou-se em pedagogia em 1994.

O colega de profissão de Carlos e secretário de educação de Tangará da Serra, Vagner Constatino, disse que o mineiro era uma pessoa muito alegre e querida por todos.

“Trabalhei com Carlos durante oito anos e ele gostava muito de dar aula para os anos iniciais, como 3° e 4° ano. Ele era um professor brincalhão e se dava bem com todo mundo”, contou.

Apesar de ser apaixonado por ministrar aulas e estar sempre presente nas escolas e em eventos educacionais, o amigo contou que Carlos sofria problemas com bebidas alcóolicas há um tempo.

“Todos sempre tiveram um bom relacionamento com ele, e não tinha nada que desabonasse a conduta dele, tirando esse lado que fazia mal pra ele, do próprio uso do álcool. Fiquei sabendo que ele estava tendo problemas com bebidas e isso trouxe problemas sérios para ele, que até o deixou doente por um tempo”, explicou.

A maior parte da carreira de Carlos foi em escolas do município, mas ele também já atuou como professor na Argentina.

Planos e morte

 

O pedagogo aposentado morava sozinho e fornecia abrigo temporário para os dois jovens, ambos de 19 anos, que são suspeitos do assassinato do professor. Um deles foi preso por homicídio e ocultação de cadáver, e o outro ainda é procurado pela polícia.

A dupla que morava com Calos eram sustentados financeiramente por ele e também usavam o local como ponto de uso de droga e se aproveitavam da renda da aposentadoria. Segundo o delegado, o professor compartilhou com os jovens o plano que tinha de vender tudo e se mudar da cidade, o que incomodou a dupla.

Motivados pelo medo de ficarem sem um lugar para ficar e também por alguns desentendimentos pelo uso excessivo de álcool e drogas, os jovens mataram a vítima com golpes de faca. “No mesmo dia, dia 5, saíram para a rua com cartões de crédito da vítima e foram presos”, explicou o delegado.

Ainda no dia 5 deste mês, os jovens foram ouvidos na delegacia e autuados por furto de cartões. Em seguida, foram encaminhados à Justiça e soltos. Dois dias depois, foi registrado o boletim de ocorrência sobre o desaparecimento do professor.

Investigações

 

Corpo da vítima estava dentro de um freezer jogado às margens de estrada — Foto: Doni Vilanova/TVCA
Corpo da vítima estava dentro de um freezer jogado às margens de estrada — Foto: Doni Vilanova/TVCA

O delegado também contou que, mesmo após a soltura da dupla, a polícia seguiu com as investigações para identificar quem era o dono dos cartões encontrados com os suspeitos. Durante as buscas, na casa de uma tia do suspeito, foram encontrados alguns móveis pertencentes ao professor. O jovem foi localizado logo depois e confessou o crime aos policiais, indicando ainda a localização do corpo.

O segundo suspeito também já foi identificado, mas segue foragido, de acordo com a Polícia Civil.

A Perícia Técnica e o Instituto Médico Legal (IML) foram acionados e encaminharam o corpo para exames de necrópsia.

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