A deputada federal Gisela Simona (União Brasil) se posicionou contrária a aprovação da Câmara Municipal de Cuiabá pelo empréstimo no valor de R$ 139 milhões junto ao Banco do Brasil ainda neste ano para a prefeitura e classificou a atitude como uma “herança indigesta”, já que a conta deve ficar por conta da próxima gestão que assumir o município.
“Estamos em uma situação fiscal tão delicada dentro do município, que embora quando se aprova seja um dinheiro ‘carimbado’ para determinada situação, mas quando cai na fonte ele acaba servindo para qualquer coisa e qualquer outro desvio, como os vários que já aconteceram dentro do município de Cuiabá”, acusou.
Conforme o projeto, dos R$ 139 milhões, R$ 75 milhões serão exclusivos para garantir a “eficiência energética com instalação de usinas fotovoltaicas”, diz o projeto, o que reduzirá os gastos com energia elétrica da prefeitura. Já R$ 50 milhões serão destinados para a avenida Contorno Leste, R$ 9,5 milhões para recapeamento asfáltico e R$ 4,5 milhões ao Mercado do Porto.
Gisela comentou que tem receio que o valor saia ainda na gestão de Emanuel Pinheiro, pois segundo ela existe o risco da prefeitura enfrentar um déficit fiscal e, em suas palavras, não ter o “serviço feito”.
“Se o prefeito quisesse tanto terminar a construção do Mercado Do Porto, asfaltar as ruas como está dizendo, teria feito isso em seus quase 8 anos de mandato. Não fez e não e agora nos últimos 6 meses que vai fazer”, criticou.
Com 16 votos favoráveis e 4 contrários, a Câmara de Cuiabá aprovou no dia 16 deste mês em regime de urgência, o pedido da Prefeitura de Cuiabá para contratar empréstimo de R$ 139 milhões junto ao Banco do Brasil ainda neste ano. Segundo o projeto, parte deste dinheiro será usado na instalação de usinas fotovoltaicas e outra em obras em ruas e avenidas, além de outras necessidades.