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Reeducanda trans espancada por detentos em presídio morre em hospital de MT

A reeducanda trans de 37 anos, que foi espancada por detentos no Complexo Penitenciário Ahmenon Lemon Dantas, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, morreu nesta quinta-feira (25), no Pronto Socorro Municial, três dias após o crime. A vítima foi identificada como Thiago Henrique Varcondi, e pelo nome social Gabi.

De acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT), após as agressões, dois suspeitos do crime foram encaminhados à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), de Cuiabá.

Segundo a Polícia Civil, os detentos estão sendo investigados pela delegacia. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foi acionada. Conforme informações preliminares, o caso não se trata de crime de transfobia.

Vítima foi identificada como Thiago Henrique Varcondi, e pelo nome social Gabi. — Foto: Reprodução
Vítima foi identificada como Thiago Henrique Varcondi, e pelo nome social Gabi. — Foto: Reprodução

Entenda o caso

Na segunda-feira (22), a reeducanda foi internada em estado grave após ser agredida por homens onde estava presa. A vítima sofreu múltiplas fraturas e lesões, especialmente no rosto, crânio e região lombar.

Imagens de segurança mostraram os detentos abaixando as câmeras antes do crime. A Sesp informou, no dia da ocorrência, que a polícia está tomando todas as medidas que o caso requer, quanto aos suspeitos. A vítima recebeu os primeiros socorros na unidade e foi transferida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Pronto-Socorro de Várzea Grande, onde foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Gabi estava em uma ala LGBTQIA+ do bloco de trabalhadores, e o crime pode ter ocorrido durante o horário de almoço, momento de convivência entre os reeducandos. A Sesp investiga as circunstâncias do caso.

Projeto de Lei

 

O Senado Federal aprovou no dia 22 de maio deste ano, uma proposta que obriga a construção de espaços específicos para a população LGBTQIA+ dentro das prisões brasileiras. A proposta seguiu para avaliação da Câmara dos Deputados.

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