Mapeamento foi realizado pelo Sistema de Monitoramento de Exploração Madeireira (Simex) durante um ano
Um mapeamento realizado durante um ano mostrou que mais de 70% da exploração ilegal de madeira em Mato Grosso se concentra em 10 municípios (confira a lista abaixo). O mapeamento foi realizado pelo Sistema de Monitoramento de Exploração Madeireira (Simex) entre agosto de 2022 e julho de 2023.
10 cidades com maior índice de exploração não autorizada (mil hectare):
- Aripuanã – 9.327 ha
- Nova Maringá – 6.223 ha
- Colniza – 4.577 ha
- Juara – 3.364 ha
- União do Sul – 2.791 ha
- Nova Ubiratã – 2.678 ha
- Marcelândia – 1.634 ha
- Juína – 1.520 ha
- Apiacás – 1.353 ha
- Feliz Natal – 1.327 ha
A maior parte da exploração não autorizada do estado acontece em imóveis inseridos no Cadastro Ambiental Rural (CAR), representando 64%, de acordo com a pesquisa.
Segundo o coordenador do núcleo de Inteligência Territorial do ICV, Vinícius Silgueiro, a exploração ilegal é um problema que ainda tem lacunas a serem enfrentadas dentro do sistema de monitoramento e controle para que o estado possa zerar a ilegalidade da exploração.
“Para zerarmos essa ilegalidade, o primeiro passo é ter melhoria no sistema de monitoramento e controle, mas o consumidor também tem que estar atento com a origem da madeira. O consumidor que compra do mercado internacional e nacional precisa exigir a origem e a rastreabilidade desse produto”, informou .
Entre as mais de mil unidades de conservação exploradas, o Parque Estadual Tucumã e as Estações Ecológicas do Rio Roosevelt e do Rio Ronuro foram as mais impactadas.
Segundo o Instituto Centro de Vida (ICV), para comprovar a legalidade das explorações mapeadas, foram verificadas 455 autorizações de exploração florestal emitidas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Ao todo, foram 34.794 hectares mapeados concentrados nestes municípios do estado.
Redução
Houve uma redução de 40% na área explorada ilegalmente em relação ao ano anterior, ainda conforme o instituto.
Os 219 mil hectares de florestas mapeados pelo sistema durante este período representaram uma redução de 16% no total explorado no estado em relação ao período de 2022, quando foram mapeados mais de 259 mil hectares.