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sexta-feira, novembro 15, 2024
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Operação mira maior facção criminosa de MT responsável por promover shows nacionais e lavar dinheiro em casas noturnas

Mais de 40 mandados de prisão e busca foram cumpridos durante a operação Ragnatela, nesta quarta-feira (5), contra suspeitos de integrar a maior facção criminosa de Mato Grosso, responsável por promover shows nacionais e lavar dinheiro em casas noturnas de Cuiabá. Cerca de 400 policiais participação da ação.

Segundo a Polícia Federal, são oito mandados de prisão e 36 de busca e apreensão, em Mato Grosso e no Rio de Janeiro, além do sequestro de imóveis e veículos, bloqueio de contas bancárias, afastamento de servidores de cargos públicos e suspensão de atividades comerciais.

As investigações identificaram que os criminosos participavam da gestão das casas noturnas e, com isso, o grupo passou a realizar shows de cantores nacionalmente conhecidos, custeados pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promoters.

Polícia cumpre mandados durante operação — Foto: Luiz Vieira
Polícia cumpre mandados durante operação — Foto: Luiz Vieira

Ainda de acordo com as investigações, os acusados repassavam ordens para a não contratação de artistas de unidades da Federação com influência de outras organizações criminosas, sob pena de represálias.

A polícia também identificou a participação de agentes públicos responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para a realização dos shows, que agiam sem observância da legislação.

Além disso, um esquema para levar celulares dentro de presídios, transferência de lideranças da facção para estabelecimentos de menor rigor penitenciário também foram identificados.

Equipe

 

O trabalho foi realizado pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO), composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Cento Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer). O balanço da operação resultou em:

  • 8 prisões preventivas
  • 36 mandados de busca
  • 9 sequestros de imóveis
  • 13 sequestros de veículos
  • 2 afastamentos de cargo público
  • 4 suspensões de atividade comercial
  • 68 bloqueios de contas bancárias
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