Odenil Alves Pedroso foi morto na terça-feira (28). Forças de segurança estão no quinto dia de busca pelo suspeito, que ainda não foi localizado.
A irmã do policial militar Odenil Alves Pedroso, que morreu com um tiro na cabeça em frente a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no Bairro Morada do Ouro, em Cuiabá, relembra como era estar na companhia dele, que é o caçula de 10 irmãos. Odenil morreu na, na terça-feira (28). O suspeito do crime ainda não foi localizado pela polícia.
Segundo a irmã, que não quis ter a identidade divulgada, uma história que nunca será esquecida por ela é o Natal do ano passado.
“A gente ia muito para o sítio em família. Uma coisa que vai ficar marcada para o resto da vida foi quando nós passamos juntos o Natal do ano passado. Temos uma foto abraçados na frente da minha casa e não vamos ter outro Natal junto com ele. Quando tinha algo de família, ele sempre estava participando. É uma coisa que marca”, disse.
A irmã contou que Odenil também era padrinho do filho dela, de 27 anos.
O último gesto de amor do sargento foi a doação de órgãos. A família disse que Odenil já havia conversado com os parentes sobre o assunto. Com isso, a família autorizou que as córneas do sargento fossem doadas.
As força de segurança estão no quinto dia de operação, em busca do suspeito de ter matado Odenil.
Relembre o caso
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Odenil foi baleado na cabeça por um suspeito que passou de moto. Ele estava em uma lanchonete em frente a uma UPA, na capital. Segundo a Prefeitura de Cuiabá, o militar fazia parte do terceiro batalhão e foi escalado para serviço na UPA.
Ele foi encaminhado da UPA para o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) para passar por uma cirurgia. O neurocirurgião que acompanhou o caso, Giovani Mendes, contou que o procedimento foi interrompido porque o PM sofreu uma parada cardíaca. A cirurgia durou cerca de 1h30. Odenil morreu na mesa de cirurgia.
Segundo ele, o caso de Odenil é considerado muito grave porque o tiro atravessou a cabeça do policial, entrando pelo lado esquerdo e saindo pelo direito. O profissional explicou que, de acordo com as estatísticas mundiais, incidentes que atingem os dois lados cerebrais possuem um índice de morte de 100%.
“Ele foi um herói, lutou bravamente até o final e nós também não desistimos dele. Os anestesistas ficaram meia hora tentando reanimá-lo, tentando fazer com o coração dele voltasse, mas infelizmente não conseguimos”, disse.