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terça-feira, novembro 19, 2024
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‘Mães do Pantanal’: entenda comportamento materno de onças, tamanduás, antas, veados e capivaras; vídeos

Para celebrar o Dia das Mães, veja cenas de afeto entre mães e filhotes, capturadas em reservas de conservação e na natureza no pantanal mato-grossense e explica como o comportamento materno muda entre as espécies de mamíferos. Veja abaixo:

🐆Onça-Pintada

As onças-pintadas são animais difíceis de avistar na natureza. Segundo o guia de turismo e gestor ambiental Ailton Lara, ver um filhote é ainda mais raro. No entanto, em Porto Jofre, em Poconé, a 104 km de Cuiabá, o turismo ecológico de observação desse mamífero acabou deixando a onça Marcela confortável à presença humana.

Em um vídeo registrado pelo guia, é possível ver a onça Medrosa, mãe do Rio e da Marcela passeando pela beira do rio, enquanto os filhotes brincam entre si. (Veja Abaixo)

“As mães deixam seus filhotes camuflados para protegê-los, mas como a Medrosa é filha de uma onça que cresceu acostumada à presença humana, não hesita em expor seus filhotes”, diz..

VIDEO:

Ainda de acordo com o guia de turismo, os filhotes dependem do leite materno nos primeiros três meses de idade e depois aprendem a caçar e consumir carne Depois de dois anos, os filhotes seguem suas vidas de forma independente.

“As fêmeas costumam continuar no território da mãe, já os machos procuram conquistar um novo território e ficam um pouco longe. Mas acontece de os filhotes se encontrarem com as mães mesmo adultos e fica tudo bem também”, explica.

 

Tamanduá-bandeira e Tamanduá-mirim

Mães de tamanduás-mirins e tamanduá-bandeira, na região da Transpantaneira
Mães de tamanduás-mirins e tamanduá-bandeira, na região da Transpantaneira

De acordo com a Analista de educação ambiental, Carla Andrea Moreira, o registro feito pelas armadilhas fotográficas da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), na região da Transpantaneira trazem alívio aos especialistas.

📸As chamadas “câmeras trap”, costumam ser usadas para estudo de espécies e levantamento de fauna. Em um dos vídeos, é possível ver um filhote de tamanduá subindo nas costas da mãe para ser carregado, comportamento comum durante 6 a 9 meses de sua vida.

“Os tamanduás são animais de grande porte e muito seletivos já que se alimentam de cupins e formigas. A maior dificuldade das mães é encontrar alimento o suficiente para ter saúde para cuidar dos filhotes, já que temos áreas ameaçadas e que colocam em risco todo esse sistema”, explica.

 

Capivaras

Capivaras são flagradas cruzando avenida na faixa de pedestres em Cuiabá - 11/06/2020 - UOL Notícias

As capivaras são os maiores roedores do mundo, podendo chegar a 90kg. Elas são nadadoras muito graciosas e convivem muito bem com diversas outras espécies, até jacarés. As fêmeas ficam grávidas de 4 a 5 meses e nascem entre 1 e 4 filhotes.

Eles já nascem peludinhos e são capazes de andar quase que imediatamente depois de nascerem. Também são capazes de comer comida sólida algumas horas ou dias depois de nascerem.

De acordo com a bióloga e professora da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), Gisela Sobral, dificilmente as capivaras vivem sozinhas.

“Elas vivem em grupos de 10 a 30 animais, com machos e fêmeas convivendo juntos. Sempre mais machos do que fêmeas, mas existe uma hierarquia entre os machos e o dominante é quem consegue acasalar com mais fêmeas”, disse.

Capivaras atravessam em faixa exclusiva em MT

Outro fato curioso é que muitas fêmeas engravidam e dão à luz juntas, em um intervalo de duas semanas. Essa situação permite outra coisa incomum no reino animal, que é fêmeas amamentando filhotes de outras fêmeas.

Depois que os machos atingem a maturidade sexual, são expulsos do grupo pelo macho dominante. Já as fêmeas geralmente ficam no grupo em que nasceram e ajudam a manter o grupo com os filhotes de outras fêmeas.

Capivara é fotografada no zoológico da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá — Foto: Denise Soares/g1
Capivara é fotografada no zoológico da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá — Foto: Denise Soares/g1

A pesquisadora explica que os roedores possuem uma reputação ruim por conta de espécies que são consideradas pragas.

“Com cerca de 2.500 espécies de roedores, são só umas cinco que dão problemas para os seres humanos. Mas eles são importantes para o ecossistema e isso vem mudando até entre os cientistas. Temos espécies que dispersam sementes, outras polinizam flores e aeram os solos”, disse.

 

Veado- Mateiro

Mãe e filhote de Veado-mateiro em região da Transpantaneira, em MT
Mãe e filhote de Veado-mateiro em região da Transpantaneira, em MT
Os felinos são os principais predadores dos veados-mateiros e por isso, é comum que a mãe dessa espécie mantenha o filhote sempre próximo. É o que mostra um outro vídeo captado pelas câmeras camufladas da (Sema-MT), na região da Transpantaneira. (Veja acima)

A fêmea dessa espécie costuma ter apenas um filhote, e a gestação dura em torno de sete meses. Uma curiosidade é que a fêmea pode engravidar enquanto ainda amamenta a cria anterior e a espécie pode se reproduzir continuamente.

“O filhote é uma presa fácil, os filhotes do veado-mateiro já possuem uma coloração diferenciada para se camuflar e as mães usam a vocalização para manter os filhotes sempre por perto, algo como se fosse um grito”, explica a analista.

 

Anta

Filhote de anta acompanhado da mãe na região da Transpantaneira, em MT

Filhote de anta acompanhado da mãe na região da Transpantaneira, em MT

Conhecida como a jardineira da florestaa anta derruba sementes por onde anda, ajudando no crescimento e desenvolvimento da diversidade de plantas. As câmeras da Sema MT capturaram o momento em que um filhote de anta se aproxima da lente, junto com a mãe.

A anta é um herbívoro solitário e a gestação dura 13 meses com apenas um filhote. Segundo a Analista de educação ambiental, Carla Andrea Moreira, semelhante ao veado-mateiro, os filhotes de anta nascem camuflados, com uma pelagem parecida com a das zebras.

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