Família está presa e foi indiciada por duplo homicídio e por tentativa de homicídio. Agora, os réus têm 10 dias para apresentarem resposta à acusação.
A Justiça de Mato Grosso aceitou a denúncia do Ministério Público (MPMT) e tornou réus Ines Gemilaki, de 48 anos, Bruno Gemilaki Dal Poz, de 28 anos, mãe e filho, e o cunhado da mulher, Eder Gonçalves Rodrigues, de 40 anos, pela morte de dois idosos e pela tentativa de homicídio contra um padre em Peixoto de Azevedo, a 692 km de Cuiabá, no dia 21 de abril.
Agora, os envolvidos têm 10 dias para apresentarem resposta à acusação. A reportagem entrou em contato com a defesa dos denunciados, mas não obteve retorno até esta publicação.
Além da denúncia, o MPMT pediu o pagamento de mais de cerca de R$ 2 milhões em favor dos familiares da vítima Pilson Pereira da Cruz (R$ 1 milhão), Rui Luiz Bogo (R$ 700 mil), José Roberto Domingos (R$ 150 mil) e mais um pessoa vítima do atentado.
O marido de Ines, Marcio Ferreira Gonçalves, ficou de fora da denúncia. Ele foi solto nessa terça-feira (7) depois que a defesa dele alegou que a prisão preventiva tinha sido decretada erroneamente e que a pessoa que aparece nas imagens das câmeras era, na verdade, o irmão de Márcio, Eder Gonçalves Rodrigues, que foi preso posteriormente.
Entenda o caso
Mãe e filho são suspeitos de matar idosos
Imagens de duas câmeras de segurança mostram que ao menos oito pessoas estavam na casa, quando a mulher entrou atirando. O filho foi ao quintal e também efetuou disparos. Ines, que aparece de blusa azul, estava com uma pistola, e Bruno, de branco, estava com uma espingarda calibre 12.
Em outro trecho do vídeo, mãe e filho apareceram fugindo, carregando as armas de fogo.
Para a polícia, que ainda investiga o caso, a suspeita é de que a motivação do crime seja um desacordo comercial envolvendo pagamentos de aluguel da casa invadida.
Momentos depois, a mãe e o filho foram flagrados comprando cerveja, água e refrigerantes, na conveniência de um posto de combustível, quando passavam pela cidade de Matupá, a cerca de 13 km do local do homicídio, durante a fuga, no domingo (21). Uma câmera de segurança da conveniência registrou o momento em que a suspeita apressou a atendente, enquanto falava ao telefone.