Dinalto Machado Lopes, de 52 anos, foi encontrado morto, após, supostamente, ter sido atacado por uma onça. Segundo a polícia, o suspeito foi quem criou o boato de que a vítima teria sido morta pelo animal.
O fazendeiro suspeito de matar Dinalto Machado Lopes, de 52 anos, foi solto. O Ministério Público chegou a pedir prorrogação da prisão, mas o pedido não foi aceito pela Justiça. A vítima foi encontrada morta no dia 24 de abril, após, supostamente, ter sido atacada por uma onça-pintada, em Tapurah, a 390 km de Cuiabá.
O advogado do fazendeiro, Cláudio Birck, informou que suspeito alega não ter participação no crime.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Artur Almeida, a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) descartou que Dinalto tenha morrido por um ataque de onça e que, inclusive, foi o próprio patrão da vítima que teria informado aos policiais que o trabalhador havia sido atacado pelo animal.
O perito Nilton Dalberto, explicou que, no local onde o corpo foi encontrado, não havia vestígios de que a vítima foi morta por um animal, mas sim por uma pessoa.
“Tínhamos suspeitas desde o ínicio, já que os ferimentos não tinham padrões que se esperam de um ataque de animal silvestre, pelo contrário, elas tinham características bem típicas de lesões causadas por arma branca”, disse.
Suposto ataque de onça
Dinalto foi encontrado morto na região de Pontal do Borges, na zona rura de Tapurah. Segundo a Polícia Militar, a suspeita era de que ele havia sido atacado por uma onça-pintada enquanto consertava a cerca da fazenda onde trabalhava.
De acordo com a Polícia Civil, outros funcionários da propriedade deram falta da vítima, foram procurá-lo e encontraram rastros no chão que seguiam até a mata.
Ainda segundo a polícia, o corpo do trabalhador foi arrastado por cerca de 300 metros até a beira do Rio Borges, que fica próximo ao local. Algumas pessoas da vizinhança disseram aos policiais que já haviam visto filhotes de onças pela região.