A suspeita é de que as armas encontradas foram usadas por Bruno e Eder no dia do crime. Já a arma usada por Ines ainda não foi localizada, segundo a polícia.
A Polícia Militar apreendeu a caminhonete e as armas usadas no duplo homicídio contra os idosos Pilson Pereira da Silva, de 81 anos, e Rui Luiz Bogo, de 69 anos, durante um ataque a uma casa em Peixoto de Azevedo, a 692 km de Cuiabá, no domingo (21). Ines Gemilaki, de 48 anos, o filho Bruno Gemilaki Dal Poz, de 28 anos, e os irmãos Márcio Gonçalves (marido de Ines) e Eder Gonçalves Rodrigues, estão presos suspeitos de participação no crime.
Segundo a PM, o veículo foi encontrado na sexta-feira (26), escondido em uma área rural de difícil acesso no distrito de União do Norte e sem a chave de ignição. A caminhonete estava danificada no retrovisor direito, no para-choque frontal, lado direito e esquerdo.
Já o revólver e as duas espingardas usadas no dia do crime, além de 26 munições intactas foram encontradas enterradas no sábado (27), próximas a um tronco de árvore na propriedade rural de Bruno Gemilaki. A suspeita é de que a espingarda tenha sido usada por Bruno, enquanto que um dos revólveres teriam sido usados por Eder. Já a arma usada por Ines ainda não foi localizada, segundo a polícia.
Após checagem no sistema, foi constatado que as armas apreendidas estão no nome de um outro filho de Ines.
Relembre o caso
Imagens de duas câmeras de segurança mostram que ao menos oito pessoas estavam na casa quando a Ines e Bruno entram atirando. Ines, que aparece de blusa azul, estava com uma pistola, e Bruno, de branco, estava com uma espingarda calibre 12.
Em outro trecho do vídeo, mãe e filho apareceram fugindo, carregando armas de fogo. A mulher foi flagrada por uma câmera de segurança sorrindo e apontando a arma logo após sair da casa. Nas imagens, também é possível o filho dando um tiro em direção à câmera.
Momentos depois do crime, mãe e filho foram flagrados comprando cerveja, água e refrigerantes, na conveniência de um posto de combustível, na cidade Matupá, a cerca de 13 km do local do homicídio, durante a fuga. Uma câmera de segurança da conveniência registrou o momento em que a suspeita apressou a atendente, enquanto falava ao telefone.
A polícia, que ainda investiga o caso, suspeita que a motivação do crime seja um desacordo comercial envolvendo pagamentos de aluguel da casa invadida. Segundo a polícia, o principal alvo do ataque era o dono da casa, que não foi atingido pelos tiros.