Ela pede justiça, após o atestado de óbito apontar traumatismo craniano por instrumento contundente, como causa da morte. O berçário nega que a criança tenha caído ou sofrido violência.
A mãe do bebê Vicente Camargo, de 5 meses, que morreu em um berçário em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, no dia 17 de abril, fez uma homenagem ao filho, cobrindo o berço em que ele dormia na casa da família com flores e uma cruz. Ela pede justiça, após o atestado de óbito apontar traumatismo craniano por instrumento contundente, como causa da morte.
A defesa do berçário informou que não vai se manifestar sobre o caso.
A mãe do bebê, Carine Camargo, afirmou que há divergências nas informações sobre o ocorrido e que até agora busca respostas para entender o que aconteceu enquanto o filho estava no berçário. A dona do estabelecimento negou que o bebê teria sofrido alguma queda ou agressão.
“Quando deixei o Vicente na creche, ele estava bem, sorrindo. Dei o último cheirinho nele e entreguei pra cuidadora. Eles só me ligaram e disseram para eu correr para o hospital que meu filho estava em estado grave. É uma dor que eu não consigo descrever, meu coração está dilacerado”, disse.
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Segundo Carine, quando ela viu o filho no hospital, já sem vida, encontrou uma marca roxa na testa dele.
“Quando cheguei ao hospital ele já estava sendo reanimado, vários médicos fazendo massagem cardíaca nele, já estava entubado”, contou.
A mãe disse ainda que a creche possui câmeras de monitoramento, mas, até o momento, essas imagens não foram disponibilizadas para análise.
Entenda o caso
Vicente Camargo morreu no dia 17 de abril, em um berçário no Bairro Marajoara, em Várzea Grande. Segundo a família, a mãe do bebê teria mandado mensagem por volta das 14h perguntando do filho, mas não obteve resposta.
Segundo uma prima, o bebê teria chegado no hospital já sem vida. Ainda de acordo com ela, esse era o quarto dia que a criança tinha voltado ao berçário.
O delegado responsável pelo caso, Marlon Luz, instaurou um inquérito para investigar a morte. Além disso, foi solicitado um exame de necrópsia para apontar se foi morte acidental, homicídio culposo ou doloso.
