A capital é a única cidade mato-grossense a integrar a lista e aparece em 22º lugar com 1,2 mil moradores em situação de rua.
Cuiabá faz parte da lista das 59 cidades prioritárias para receber apoio técnico no combate à fome e na promoção da alimentação saudável. A capital é a única cidade mato-grossense a integrar a lista e aparece em 22º lugar com 1.296 moradores em situação de rua.
A estratégia “Alimenta Cidades” foi publicada em uma portaria no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (27).
As cidades listadas podem fazer o pedido para integrar o programa até 15 de abril. E as ações deverão ser implementadas até dezembro de 2026 (veja portaria aqui).
Das 59 cidades, as 23 que possuem maior população em situação de rua, considerando todas as regiões do país:
- São Paulo: 66.544
- Rio de Janeiro: 19.664
- Belo Horizonte: 13.028
- Salvador: 8.783
- Fortaleza: 8.404
- Brasília: 7.997
- Porto Alegre: 4.163
- Curitiba: 3.771
- Florianópolis: 2.818
- Recife: 2.724
- Campinas: 2.534
- Boa Vista: 2.101
- Manaus: 1.710
- Guarulhos: 1.627
- Goiânia: 1.609
- Santos: 1.604
- São Luís: 1.563
- Feira de Santana: 1.393
- Osasco: 1.367
- Juiz de Fora:1.344
- Natal: 1.297
- Cuiabá: 1.296
- São José do Rio Preto: 1.258
Critérios
Para definir as cidades, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome levou em consideração:
- Dados do último Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
- Dados do Cadastro Único de programas sociais
Foram estabelecidos três critérios para a escolha desses municípios:
- Pertencer às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e possuir 300 mil habitantes ou mais;
- Ser capital de uma unidade da federação;
- Pertencer às regiões Sul e Sudeste, ter 300 mil habitantes ou mais. E, nesse caso, estar entre os 20 municípios dessas regiões com as maiores populações em situação de rua.
Ações de combate à fome nas cidades
Em dezembro do ano passado, o governo federal instituiu a “Estratégia Nacional de Alimentação Saudável nas Cidades” para ampliar a oferta de refeições saudáveis, reduzir o desperdício de comida e incentivar a utilização de resíduos como insumo em novos ciclos de produção de alimentos.
Em cooperação com estados e municípios, a proposta é fortalecer as cozinhas solidárias, diminuir o consumo de ultraprocessados por crianças e adolescentes e desenvolver ações de educação alimentar nas escolas.
Uma pesquisa recente realizada pelo Instituto Fome Zero, a pedido do governo federal, estima que o número de pessoas que passam fome no país caiu no ano passado na comparação com 2023
Mas, de acordo com esse estudo, 20 milhões de brasileiros ainda vivem em situação de insegurança alimentar grave, ficam um dia ou mais sem comer.