Em cargos de dirigentes e gerentes o percentual é ainda maior. O relatório também aponta que mulheres negras, embora maioria no mercado de trabalho, recebem menos do que as mulheres brancas.
As mulheres em Mato Grosso ganham 31,4% a menos do que os homens, segundo o Relatório de Transparência Salarial com recorte de gênero divulgado pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego (MTE), nessa segunda-feira (25). O estado é o quarto em maior desigualdade salarial no Brasil. (Veja ranking abaixo)
💲💲Estados com maior desigualdade salarial:
- Espírito Santo – mulheres recebem 35,1% a menos que os homens
- Paraná
- Mato Grosso do Sul
- Mato Grosso – mulheres recebem 31,4% a menos que os homens
Ao todo, 837 empresas mato-grossenses responderam o questionário e, juntas, somam 229.467 empregados. A diferença de remuneração entre homens e mulheres no relatório varia de acordo com o grande grupo ocupacional. Em Mato Grosso, em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, chega a 32,4%.
🔍Os dados fazem parte do 1º Relatório de Transparência Salarial já publicado no país com recorte de gênero, que contém os principais dados extraídos das informações enviadas pelas empresas com 100 ou mais funcionários.
📈Recorte por raça
O relatório também aponta que mulheres negras, embora maioria no mercado de trabalho em Mato Grosso, recebem menos do que as mulheres brancas. O mesmo mesmo acontece com os homens.
- remuneração média da mulher negra: R$ 2.497,20
- remuneração média da mulher não negra: R$ 3.180,62
- remuneração média dos homens negros: R$ 3.891,02
- remuneração média dos homens não negros: R$ 4.218,34
🤝Políticas de incentivo
O relatório também informa se as empresas têm políticas de incentivo para contratar mulheres, como flexibilização do regime de trabalho para apoio à parentalidade, entre outros critérios. Em Mato Grosso, a maioria das empresas possuem planos de cargos e salários, mas faltam em incentivos para contratações de mulheres negras. (Veja acima)
Poucas empresas ainda adotam políticas como licença maternidade/paternidade estendida (17,1%) e auxílio-creche (13%).