As condições climáticas são o principal motivo de queda na estimativa da próxima safra brasileira de grãos. O desequilíbrio é um convite para visitantes indesejados.
No Centro-oeste do Brasil, agricultores estão preocupados: as lavouras estão ameaçadas pela infestação de pragas.
O produtor rural Thiago Minuzi está terminando a colheita de soja com uma produtividade menor que a planejada. “Faltou chuva no começo. A gente depende das chuvas, a gente depende do clima, sol, umidade”, diz.
O desequilíbrio é um convite para visitantes indesejados. “Esse ano, o percevejo barriga verde, uma praga mais típica do milho, veio com bastante pressão na soja e a gente apanhou dele esse ano um pouco. Ele consegue matar o grão”, conta Thiago.
Em Cáceres, município com maior número de cabeças de gado do estado, lagartas atacaram a pastagem dos animais.
As condições climáticas são o principal motivo de queda na estimativa da próxima safra brasileira de grãos, divulgada nesta terça-feira (12) pela Conab. A Companhia Nacional de Abastecimento calcula que a produção chegue perto dos 300 milhões de toneladas, 7,6% menor em relação à safra anterior. Ainda assim, se esta estimativa se confirmar, será a segunda maior safra da série histórica da Conab iniciada na década de 1970.
Mato Grosso é o estado com maior produção de grãos no país e, hoje, 44 municípios estão em emergência por causa da estiagem prolongada.