O governador Mauro Mendes (União) afirmou que o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) não merecia voltar a ocupar o comando do Palácio Alencastro por ser responsável por um “desastre” de administração em Cuiabá.
Emanuel foi afastado na última segunda-feira (4) por determinação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso acusado de liderar uma organização criminosa que supostamente desviava dinheiro da Saúde.
No entanto, o ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou o retorno do prefeito para o cargo na noite desta quinta-feira (7).
“Não conheço os elementos que levaram ao afastamento e muito menos os que levaram à suspensão. O que eu conheço e o que os cuiabanos conhecem é o desastre que está sendo essa administração”, afirmou à imprensa nesta sexta-feira (8).
“Uma cidade atolada em buracos, intervenção na Saúde, contas reprovadas, 19 operações, 15 delas na Saúde, um verdadeiro caos. […] Acho que quem age dessa forma merecia outra coisa e não estar sentado na cadeira [de prefeito]”, completou.
Para anular o afastamento, os advogados do prefeito alegaram que o Tribunal de Justiça seria incompetente para afastá-lo, já que toda investigação da Operação Capistrum foi remetida para a Justiça Federal. A decisão, inclusive, partiu do próprio ministro Ribeiro Dantas, que havia determinado a federalização do caso.
Apesar de não comentar a decisão do STJ diretamente, Mendes fez ainda mais críticas à administração de Emanuel em Cuiabá e afirmou que os cuiabanos enfrentam uma “dura realidade” com o prefeito no poder.
“Eu conheço um pouco a dura realidade que Cuiabá está submetida nos últimos anos com essa gestão, que é catastrófica. Todos veem no dia a dia os sinais claros e evidentes de uma gestão que não consegue honrar com os compromissos”, disse.