Em 2023, Mato Grosso ocupou o sétimo lugar na produção de pescado do Brasil, com 42 mil toneladas de pescado produzidas.
Dos peixes de cultivo no país, a tilápia é a preferida dos brasileiros. Em 2023, Mato Grosso ocupou o sétimo lugar na produção de pescado do Brasil, com 42 mil toneladas de pescado produzidas. Mesmo com a produção em alta, a importação de 25 toneladas de tilápias vietnamitas em dezembro, colocou o setor em alerta.
Até 2017, o estado era proibido de cultivar tilápia, já que se trata de uma espécie exótica. Depois da liberação, a participação da tilápia ficou em torno de 10% e o cultivo da espécie vem crescendo cada vez mais.
Tilápias Vietnamitas
Um vírus ativo na Ásia e que causa uma doença grave nos peixes. O Brasil é livre desse vírus e, para manter o perigo longe, o Governo Federal suspendeu as importações de tilápia do Vietnã.
Um projeto de piscicultura do João Pedro Gaspar, no município de Sorriso, a 420 km de Cuiabá, trabalha para garantir a qualidade e sanidade do pescado nacional. Ao todo, 27 hectares são destinados para a recria das espécies e 12 tanques específicos para a tilápia.
Segundo o piscicultor, a coleta dos ovos é feita duas vezes por semana, que seguem para outros processos de reprodução do peixe.
O zootecnista e presidente da Aquamat, Darci Fornari, conta que os ovos são retirados da boca do animal e enviado a um laboratório para eclosão e reversão sexual por sete ou dez dias.
“O macho da tilápia tem um crescimento muito maior do que o da fêmea, então como não há diferenciação sexual na fase inicial da tilápia, é possível reverter tudo para macho e padronizar o crescimento do lote”, explica.
Darci ainda diz que os piscicultores ficam receosos com a possibilidade do vírus tailândes pois há a chance do vírus chegar por meio das importações de congelados. Para manter a produção no frigorífico sem chance de contaminação, os peixes são analisados a todo momento.
“Mesmo que o Brasil está livre desse vírus, ele vem por meio do filé congelado e por isso, as exportações foram suspensas até que os protocolos sanitários”, conta.