Cada um deles responderá pelos crimes de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio e associação criminosa armada. O casal faz parte do grupo de 86 réus já condenados.
O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou a administradora Alessandra Faria Rondon e o marido dela, Joelton Gusmão de Oliveira, a 17 anos de prisão devido à participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, no ano passado, em Brasília. O casal faz parte do grupo de 86 réus já condenados.
Joelton e Alessandra moram em Vitória da Conquista, na Bahia, mas ela é de Cuiabá, e ele, de Jordânia (MG). A imprensa, a defesa informou que não tem interesse em se manifestar fora dos autos.
Alessandra e Joelton foram julgados no plenário virtual do STF e o relator foi o ministro Alexandre de Moraes. O julgamento começou no dia 9 deste mês e terminou nessa terça-feira (20).
Conforme a decisão, cada um deles, responderá pelos seguintes crimes:
- abolição violenta do estado democrático de direito;
- golpe de estado;
- dano qualificado;
- deterioração do patrimônio;
- associação criminosa armada.
Além disso, foi estabelecido que o casal pague R$ 30 milhões em indenização, “a ser adimplido de forma solidária pelos demais condenados”.
Terrorista invade Senado e xinga Ministro da Agricultura e representantes de MT de ‘traido
Alessandra ficou conhecida depois de publicar vídeos nas redes sociais, dentro do Senado, e xingar o ministro da agricultura, Carlos Fávaro, e outros dois senadores de Mato Grosso: Wellington Fagundes e Jayme Campos.
8 de janeiro
Em janeiro de 2023, golpistas convocados nas redes sociais chegaram a Brasília em dezenas de caravanas financiadas por terceiros – e se juntaram a radicais acampados em frente ao quartel general do Exército havia meses.
O grupo avançou até a Esplanada dos Ministérios escoltado por policiais militares do DF. Muitos confraternizaram com invasores e facilitaram as ações. Os golpistas destruíram o que encontraram pela frente: vidros, móveis, objetos, obras de arte.
O então ministro da Justiça, Anderson Torres, que tinha tomado posse dias antes como secretário de segurança do Distrito Federal, estava na Flórida, nos Estados Unidos.
Os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário agiram prontamente, de maneira coordenada, para preservar as instituições e a democracia. Os invasores foram retirados dos prédios públicos, mas deixaram um rastro de destruição.
O presidente Lula decretou intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal.