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Aposentado é aprovado para o curso de física na UFMT aos 66 anos: ‘quero competir no mercado de trabalho’ | Mato Grosso

O aposentado Antônio Nazaré da Costa, de 66 anos, é o mais novo aluno do curso de física da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Motivado pelo sonho de voltar ao mercado de trabalho, ele se inscreveu em um cursinho preparatório no ano passado e realizou, pela primeira vez, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e foi aprovado.

Antônio contou que decidiu estudar, porque gosta muito da área de ciência e que o campo de pesquisa abordado pela física pode lhe render uma vaga em grandes empresas de refinaria.

“Andei pesquisando e esse curso é voltado para área de pesquisa. Meu interesse é fazer pesquisa para se relacionar com grandes empresas. Então, vou estudar para isso e quero competir no mercado de trabalho para exercer a profissão”, contou.

 

António Nazaré da Costa sonha em voltar ao mercado de trabalh — Foto: Arquivo pessoal
António Nazaré da Costa sonha em voltar ao mercado de trabalh — Foto: Arquivo pessoal

Casado há 38 anos, com dois filhos e um neto, Antônio tem um histórico de estudos. Nascido em uma fazenda da família em Santo Antônio de Leverger, a 35 km de Cuiabá, ele ingressou na Força Aérea em 1986, como inspetor de aviação civil. Formado em licenciatura de ciências, concluiu o curso em 1987 e, depois, atuou como professor de matemática. Atualmente, trabalha como produtor rural.

No ano passado, Antônio iniciou o curso semiextensivo para o Enem em uma escola particular da capital, o que o ajudou a retomar algumas dúvidas em relação aos estudos.

O professor Carlos Bidu disse que Antônio era o único aluno com a idade mais avançada na sala de aula e que, por isso, acabou se tornando a “atração” entre os jovens.

“Ele era o primeiro a chegar e sentava na frente. É muito querido pelos colegas. Os jovens acharam diferente alguém com a idade do Antônio querer fazer faculdade. Lógico que no começo ele teve algumas defasagem, pois teve que compensar alguns assuntos do ensino médio, mas ele chegava cedo e só ia embora no final da aula”, relatou.

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