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Homem que confessou ter matado companheira a facadas é indiciado por feminicídio em MT | Mato Grosso

Marcelo Ochoa de Freitas, que confessou matar a companheira Francisca Alves Nascimento, de 35 anos, a facadas em Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá, no dia 15 de janeiro, foi indiciado por feminicídio, após conclusão do inquérito assinado pela delegada Ana Caroline Mortoza Lacerda, do Núcleo de Defesa da Mulher, na semana passada.

A reportagem tenta localizar a defesa de Marcelo Ochoa.

Segundo a delegada, Marcelo responderá por homicídio qualificado e cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino (feminicídio) no contexto da violência doméstica. O inquérito foi encaminhado à Justiça e ao Ministério Público.

Na época do crime, o suspeito disse aos policiais que matou Francisca após uma suposta traição e término de relacionamento com a vítima. Segundo a PM, o homem demonstrou frieza ao confessar o crime e em nenhum momento mostrou estar arrependido.

Relembre o caso

Mulher morre após ser esfaqueada pelo ex-marido em MT

Francisca Alves Nascimento, de 35 anos, morreu após ser esfaqueada pelo companheiro em Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá.

Câmeras de segurança registraram o momento em que o suspeito encurrala a vítima e a esfaqueia diversas vezes. Ela tenta reagir, mas é impedida pelo suspeito, que levanta e foge.

Francisca foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros com perfurações no pescoço, tórax e rosto, mas chegou no Hospital São Lucas sem vida.

Segundo a delegada Ana Terra, durante o interrogatório, o homem contou que disse para uma das filhas da vítima que se mudaria para Sinop, no norte do estado, fazendo com que a menina fosse até ele para se despedir.

🚩Denúncias por violência doméstica

 

Francisca Alves Nascimento, de 35 anos, vítima de feminicídio — Foto: Instagram/reprodução
Francisca Alves Nascimento, de 35 anos, vítima de feminicídio — Foto: Instagram/reprodução

Francisca procurou a polícia e denunciou o companheiro em março de 2022 e dezembro de 2023. Segundo a delegada, ele foi preso em flagrante nas duas ocasiões e ela negou a medida protetiva.

“Ela não entendia que vivenciava um ciclo de violência doméstica e por isso não quis medida protetiva nenhuma das vezes. Com quatro meses de relacionamento os atos de agressão já começaram”, disse a delegada.

 

Nas redes sociais, duas filhas de Francisca lamentaram o ocorrido e prestaram homenagens para a mãe.

“Se eu soubesse que aquele seria nosso último abraço, eu nunca teria soltado você”, disse uma das meninas.

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