João Carreiro era natural de Cuiabá (MT) e estava internado em um hospital de Campo Grande para colocar uma válvula no coração, mas não resistiu às complicações e morreu.
Após o cantor sertanejo João Carreiro morrer, nessa quarta-feira (3), o primeiro empresário dele, Magal Souza, lamentou a morte em uma rede social e prestou homenagem ao artista. João Carreiro era natural de Cuiabá (MT) e estava internado em um hospital de Campo Grande (MS) para colocar uma válvula no coração, mas sofreu complicações após a cirurgia e morreu.
Em uma das publicações, o empresário relembrou o início da carreira do sertanejo. “Tive a honra de ser o seu primeiro empresário, fizemos muitas histórias juntos. Descanse em paz“.
Magal contou que gravou o primeiro álbum do cantor em 2003, quando ainda fazia parceria com o Capataz. Em 2014, a dupla se separou, e João Carreiro seguiu carreira solo. Em dezembro de 2023, o cantor lançou as gravações de duas músicas: “Meu Avô” e “A Coroa É Meu Chapéu”.
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Capataz também publicou nas suas redes sociais uma homenagem ao cantor. Carreiro morreu na noite desta quarta-feira (3), aos 41 anos, depois de passar por uma cirurgia no coração.
“Recebi esta notícia triste ao lado da minha filha, ela hoje com 21 anos, lembro quando começamos, (ela na barriga da mãe), chorou ao meu lado … Ninguém, além de nós, saberemos oq vivemos … Deus sabe o meu coração … vá em paz João, Deus conforte sua família e te receba de braços abertos …”, escreveu o artista em seu Instagram.
O produtor Walter Matos, que também acompanhou o início da carreira de João Carreiro, também lamentou a morte do cantor. “Sempre foi um ser humano dedicado à sua obra, gentil, generoso, simpático, humilde demais. Era um cara que, no meio da galera, nem parecia que era um artista”, disse o produtor em um vídeo.
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, também lamentou a morte do cantor pelas redes sociais “João Carreiro era dono de uma das vozes mais respeitadas no sertanejo, ficou famoso cantando para todo o Brasil”, diz o prefeito em publicação.
Já o Governo de Mato Grosso prestou homenagem por meio de nota. No comunicado, o Governador Mauro Mendes e a primeira-dama do estado, Virginia Mendes informaram que “recebemos a notícia do falecimento de João Carreiro, um grande artista da nossa terra, e que deixou sua marca na história do sertanejo. Pedimos que Deus console os corações dos familiares, amigos e fãs neste momento de luto”.
O cantor realizou o último show no município de Pedra Preta, a 243 km de Cuiabá, durante a festa de virada do ano.
Velório e enterro em Cuiabá
João Carreiro terá um segundo velório, aberto aos fãs, no Ginásio Aecim Tocantins, em Cuiabá, a partir das 15h desta quinta-feira (4). O primeiro velório aconteceu na manhã desta quinta, em Campo Grande (MS), onde morreu, após uma cirurgia para colocar válvula no coração.
A assessoria do cantor ainda não informou o cemitério onde João será enterrado.
Carreira
Natural de Cuiabá, o sertanejo ficou nacionalmente conhecido por participar da dupla “João Carreiro e Capataz”, que fez muito sucesso durante a década de 2000.
Em 2009, a música “Bruto, Rústico e Sistemático” fez parte da trilha sonora da novela Paraíso, da TV Globo.
Em 2014, a dupla se separou, e João Carreiro seguiu carreira solo. Em dezembro de 2023, o cantor lançou as gravações de duas músicas: “Meu Avô” e “A Coroa É Meu Chapéu”.
Na virada do ano, João Carreiro se apresentou na cidade de Pedra Preta, a 243 km de Cuiabá.
Durante sua carreira, o artista buscou resgatar o som do sertanejo mais tradicional, com músicas autoriais, ao lado da dupla Capataz. Ao longo da trajetória, falou sobre depressão e problemas de saúde mental que enfrentou.
João Carreiro começou sua trajetória musical cantando em bares e festas universitárias na sua cidade natal, Cuiabá (MT). Seu nome artístico é uma homenagem a Tião Carreiro (1934-1993) e, assim como seu ídolo, o cantor levou a viola caipira e o sertanejo raiz para os palcos e álbuns, mantendo a moda de viola viva mesmo em tempos de domínio do sertanejo universitário.
O artista despontou mais tarde ao formar dupla com Hilton Cesar Serafim, o Capataz, com quem lançou álbuns como “Bão tamém”, “Diga que valeu” e “2009”, que os colocaram no circuito nacional.
Esse disco tem músicas como “Faculdade da Pinga”, “Descartável”, “Eu só Sei te Amar” e “Ói Nóis Traveis”, de sua autoria. Com o trabalho, eles foram responsáveis por apresentar o estilo “sertanejo bruto”, com músicas calcadas no romantismo moderno, marcadas pela voz grave dos cantores e por vezes com o som da viola caipira.