Chefe do Gabinete de Intervenção, Danielle Carmona, antecipou que a Saúde de Cuiabá terá um prejuízo de R$ 600 milhões em 2024 devido ao corte de R$ 600 milhões no orçamento da pasta para o próximo ano. Conforme a gestora, o montante foi vetado pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) na Lei Orçamentaria Anual (LOA) e serviria para quitar despesas e efetivar repasses da Empresa Cuiabana de Saúde.
“Considerando que no ano de 2021 o Tribunal de Contas aprovou as contas da prefeitura com ressalvas para que regularizasse as dívidas até o ano de 2024, nós acrescentamos na LOA esse valor para que pudesse regularizar o pagamento.
Também foi feita a regularização dos repasses da Empresa Cuiabana, para não haver necessidade de fazer uma suplementação. Como houve o corte desse orçamento, provavelmente haverá um prejuízo da gestão ao longo de 2024”, disse.
A declaração foi dada nesta quarta-feira (27), durante a apresentação do balanço sobre as ações da intervenção, que chega ao fim no dia 31 de dezembro, após 10 meses sob o comando do governo do Estado.
Ao responder os questionamentos da imprensa, Carmona ainda recordou que não houve novos cortes por parte da prefeitura porque o Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE) obrigou o município a repassar as verbas.
“Alguns recursos foram barrados inicialmente, mas o Tribunal de Contas garantiu por uma cautelar para que o governo do Estado fizesse a dedução da verba, até chegar no valor de R$ 45 milhões. Foi com isso que a gente trabalhou”, finalizou.