O desvio pelo distrito de Água Fria registrou diversos atoleiros com a chuva. O recomendado é seguir pela BR-364, por Campo Verde.
O desvio pela MT-246, no distrito de Água Fria, foi interditado, nesta terça-feira (26), depois de uma chuva que causou atoleiros na pista. Diversos caminhões ficaram parados na rodovia. O desvio era uma alternativa para chegar em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, sem passar pelo Portão do Inferno, na MT-251.
Pelo distrito de Água Fria, a estrada não é asfaltada. Agentes da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) estão na pista para fazer a liberação do trânsito. Para chegar em Chapada dos Guimarães por essa rota, são 116 km, sendo 32 km por estrada de terra com muita poeira. O acesso é pela MT-251, na rotatória, saída para Manso, na MT-351.
Após o registro de um novo deslizamento de rocha na manhã de sábado (23), a rodovia seguiu o sistema pare e siga, com meia pista.
Segundo a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT), até o momento, o único acesso para Chapada dos Guimarães é pela BR-364, pelo município de Campo Verde (MT) e é a mais recomendada. Nessa rodovia, o trajeto é asfaltado, soma dois pedágios e aumenta de 66 km para 207 km de distância.
O secretário da Defesa Civil, Tenente Coronel Luís Cláudio Pereira da Cruz explicou que a passagem de veículos pela MT-251 pode causar um tremor e ocasionar novos deslizamentos e acidentes. A recomendação é que em caso de presença de chuva, a pista seja completamente interditada.
🚧O que está sendo feito?
Para conter o risco de deslizamento de terra, a Sinfra publicou uma nota em que diz que adquiriu material para fazer uma cortina de contenção no trecho, que já se encontra na região. A cortina ainda não foi instalada porque, de acordo com o órgão, não há profissionais com essa capacitação em Mato Grosso. Uma equipe de São Paulo, Rio de Janeiro ou Minas Gerais está sendo viabilizada para contração.
A Sinfra ainda ressaltou que profissionais estão permanentemente no local, junto com a Defesa Civil e Polícia Rodoviária Estadual fazendo o monitoramento do trecho;
Além da instalação de câmeras e sinalização no trecho do Portão do Inferno, o órgão disse que já está em processo de contratação de uma empresa que fará o projeto de engenharia para a construção de um túnel no local.
Portão do Inferno e deslizamentos
No início de dezembro, o Governo de Mato Grosso decretou situação de emergência na região do Portão do Inferno, na MT-251, em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá. A região registrou dois deslizamentos de rochas em menos de 24 horas.
Na tarde de segunda-feira (11), motoristas que passavam no local gravaram parte das rochas caídas na pista. À noite, outro vídeo mostra policiais atuando na liberação da via, bloqueada por outro deslizamento. (Veja vídeo abaixo)
VIDEO:
Em menos de 24h, Portão do Inferno registra dois deslizamentos de terra
Segundo a Sinfra, não existe um registro de quantos deslizamentos houveram no local desde a inauguração da rodovia, na década de 70.
Portão do Inferno
De acordo com um ofício feito pela Secretaria do Estado de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso (Sinfra-MT), foi constatado risco de deslizamento desde 2021. Um relatório feito por uma empresa de consultoria especializada apontou risco de deslizamento na região do Portão do Inferno, na MT-251, próximo a Chapada dos Guimarães, a 65 km da capital.
O local abrange o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães que é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O estudo precisa ser analisado pelo instituto já que nenhuma alteração pode ser feita no local sem autorização.
O prefeito de Chapada dos Guimarães, Osmar Froner de Mello (MDB), disse que entende que a faixa de domínio é de uso comum da população e solicita junto ao ICMBio a liberação de uma medida judicial para garantir que o estado cuide da rodovia e permita que o trânsito flua de forma segura e contínua.
“O acesso de ligação do município de Chapada dos Guimarães com a capital é pela MT-251 passando pelo Portão do Inferno. Precisamos de uma resposta do ICMBio para não prejudicar a economia e o turismo de Chapada, além dos municípios vizinhos do sul e do leste mato-grossense”, disse.