Segundo a Polícia Civil, o suspeito de atirar contra a vítima também foi preso. Roberto Zampieri, de 57 anos, foi baleado com pelo menos 10 tiros dentro do próprio carro, no dia 5 deste mês.
Uma mulher suspeita de mandar matar o advogado Roberto Zampieri, de 57 anos, foi presa nesta quarta-feira (20). O suspeito de atirar contra a vítima também foi preso. Roberto foi morto com pelo menos 10 tiros, dentro do próprio carro, em frente ao escritório em que trabalhava, no dia 5 deste mês, em Cuiabá.
Vídeos de câmera de segurança mostram o momento em que a vítima é surpreendida pelo suspeito, que disparou pelo vidro do lado do passageiro, e fugiu em seguida.
Segundo a Polícia Civil, a mulher foi presa na cidade de Patos de Minas, em Minas Gerais. No momento da prisão, a investigada estava com uma pistola 9mm, do mesmo calibre que o utilizado no homicídio do advogado.
Já o homem, foi preso em Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte, em mandado decretado pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Comarca de Cuiabá, cumprido Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção a pessoa (Dhpp) de BH, que investiga o crime.
Entenda o caso
O advogado saía do escritório que trabalhava quando o crime aconteceu. As equipes foram até o local, mas a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu. O suspeito chegou a ficar cerca de uma hora aguardando a vítima sair do local.
O delegado da Polícia Civil, Nilson Farias, disse que o atirador aguardava o advogado na frente do escritório e que a vítima tinha um veículo blindado há mais de 5 anos.
“Ele tinha um carro blindado, mas já tem uns cinco anos que ele possui esse veículo, não é por ameaça recente. Hoje, especificamente, ele não utilizou, mas usava esse carro blindado de forma aleatória. Pelo que levantamos, ele nem viu o que aconteceu porque foi muito rápido”, disse.
Em nota, Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB-MT) lamentou a morte do advogado.
O advogado Roberto Zampieri já atuou em Sinop, Sorriso, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Alta Floresta, Barra do Garças, Rondonópolis, Paranatinga e Tangará da Serra, além de Cuiabá. O escritório da vítima atua em direito agrário, tributário, ambiental e entre outras áreas.
Arma do crime
Ainda de acordo com o delegado, o suspeito utilizou uma caixa revestida com saco plástico para esconder a arma do crime, e que o objeto também pode ter sido usado para abafar o som dos disparos.
“O suspeito utilizou uma caixa na mão escondendo a arma. Ele se aproximou e efetuou os disparos, sem dar nenhuma chance de defesa para a vítima. Inclusive, essa caixa também pode ter sido utilizada para abafar o som dos disparos”, explicou o delegado Nilson Farias.
Segundo o delegado, Roberto foi morto com pelo menos dez tiros e, a principal suspeita, é que a morte tenha sido por causa da atividade profissional da vítima.
“Nada pode ser descartado. Hoje, como ainda está prematuro, e como se trata de um escritório de advocacia, a principal linha de investigação é uma ação ligada a sua ação laborativa. Não descartamos outras linhas de investigação,” explicou.