O policial civil foi atingido por disparos de arma de fogo quando caminhava na avenida. Adailton Kauan Ribeiro dos Santos, de 16 anos, morreu após a viatura bater na moto em que ele pilotava, no domingo (10).
O policial civil, de 35 anos, que foi baleado por dois suspeitos, na última sexta-feira (15) em Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá, é o autor da abordagem ao adolescente Adailton Kauan Ribeiro dos Santos, de 16 anos, que morreu após a viatura bater na moto em que ele pilotava, em Novo São Joaquim, a 493 km de Cuiabá. A informação foi divulgada pelo Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso (Sinpol-MT) e confirmada pela Polícia Civil, nesta segunda-feira (18).
Em nota, o Sinpol-MT informou que o policial baleado já compareceu à delegacia, onde foi interrogado, e que está à disposição da Justiça.
“Exigimos uma pronta resposta da Polícia Civil no sentido de que os autores, bem como, possíveis mandantes, caso hajam, sejam identificados e presos, a fim de que a ordem pública seja garantida”, disse o sindicato em um trecho da nota.
A Polícia Civil comunicou que foi montada uma força-tarefa para apurar os fatos, a fim de identificar os suspeitos responsáveis pela tentativa de homicídio contra o policial baleado. “O investigador foi submetido a procedimento cirúrgico e seu estado de saúde é estável”.
Entenda o caso
Um adolescente de 16 anos, identificado como Adailton Kauan Ribeiro dos Santos, morreu após a viatura bater na moto em que ele pilotava, durante a abordagem de um investigador da Polícia Civil, em Novo São Joaquim. O caso ocorreu no domingo (10).
No boletim de ocorrência, a polícia diz que, após avisos sonoros, o jovem teria fugido em alta velocidade e tampado a placa da moto com a mão. A viatura esbarrou na motocicleta e ele caiu.
De acordo com a Polícia Civil, o oficial estava de plantão e saiu para realizar investigações com a viatura, mas, ao chegar na Avenida Oscar Zaidem de Menezes, em frente a praça do município, o policial viu o adolescente em uma motocicleta, sem capacete e fazendo manobras.
A mãe do adolescente, Emanuela Batista Ribeiro, de 40 anos, disse ao g1 que não estava no local do ocorrido, mas que amigos e familiares relataram que Adailton estava jogando futebol. Ao sair com a motocicleta, o adolescente utilizava o capacete na testa, quando foi advertido pelo investigador.
“O policial teria ligado a sirene para alertar, não sei se meu filho correu, se ficou nervoso e o policial bateu o carro na moto em que ele estava e ficou muito machucado. Policial civil faz isso? É assim que um policial aborda?”, disse a mãe.
Investigador baleado
Cinco dias após a morte do adolescente, o policial de 35 anos, que abordou o adolescente, segundo o sindicato, foi baleado por dois suspeitos, no Bairro Nova Barra, em Barra do Garças. De acordo com a Polícia Militar, o agente tinha saído para caminhar na Avenida Brasil quando os suspeitos fizeram os disparos. Os autores dos disparos ainda não foram encontrados pela polícia.
À Polícia Militar, a esposa do policial relatou que ele foi atingido por quatro disparos, sendo que um deles acertou as costas da vítima. No momento em que caiu no chão, o policial sacou a pistola e efetuou em torno de 10 tiros contra os suspeitos, em seguida eles fugiram do local.