Companhia Nacional de Abastecimento informou que o volume teve incremento de 8% em relação ao ciclo anterior, mas a produtividade caiu quase 3%.
Apesar do aumento da área de cultivo em Mato Grosso, a safra de cana-de-açúcar teve queda na produtividade, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A área cultivada teve uma ampliação de mais de 11%, mas a produtividade caiu quase 3%.
Segundo a pesquisa, o rendimento menor se deve aos problemas climáticos.
Em Nova Olímpia, a 207 km de Cuiabá, durante a finalização da colheita de cana-de-açúcar em uma das maiores biorrefinarias do estado, a safra apresentou bons resultados no campo e na indústria. Segundo o diretor agroindustrial Jari de Souza, a empresa conseguiu manter os resultados acima de 12 toneladas por hectare.
“Nós ampliamos o nosso plantio com relação à safra anterior, aumentando de 11 para 13 mil hectares plantados. Na nossa colheita, mesmo com as adversidades climáticas do último trimestre, mantemos a produtividade acima de 94 toneladas por hectare”, contou.
A Conab informou que, do total de 6,2 milhões de sacas de 50 quilos de açúcar produzidos, aproximadamente 7% foram destinados ao mercado externo e o restante permaneceu no mercado interno. É estimado que cerca de 62% da matéria-prima usada por usinas vêm de lavouras próprias, já o restante é comprado de agricultores.
Além da produção própria, grande parte do que a indústria consome vem dos produtores rurais da região que vendem a cana-de-açúcar para a biorrefinaria. De acordo com o produtor rural Normando Corral, os produtores, diferente dos de grãos, têm apenas uma indústria para vender o que eles produzem.
“Dos fornecedores que nós temos, alguns são de grupos familiares, mas eles variam entre 100 e 4 mil hectares. Fica muito mais confortável também para a empresa e muito mais confortável para os produtores, porque tem normas da empresa que precisam ser aplicadas a todos os produtores, tanto quanto a questão ambiental quanto ao social”, disse.