A Cria Pútrida Européia causa a morte prematura dos insetos. A orientação é que os apicultores entrem em contato com o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT)
Mato Grosso registrou dois casos de uma doença bacteriana que causa a morte em larvas de abelhas. A Cria Pútrida Européia causa a morte prematura dos insetos e pode ser identificada pela coloração na fase das larvas e pelo cheiro de peixe podre. Os casos foram registados nos municípios de Pedra Preta e Juara, a 243 e 690 km de Cuiabá, respectivamente.
De acordo com a médica veterinária e especialista de abelhas do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), Erika Gleice Nascimento, a doença transmite com facilidade e é preciso estar atento aos sintomas.
“Pode ser observado que as crias vão estar mortas dentro dos alvéolos sem que tenha aquela cor branca leitosa, que é comum das crias saudáveis. Ela pode estar amarelada, escurecida e vão estar em uma posição diferente do que estaria normalmente. Pode haver também um cheiro de peixe podre e é uma doença que normalmente não causa grandes perdas no apiário, mas é preciso intervir rapidamente para não passar de um apiário para outro”, disse.
A médica veterinária disse que o primeiro caso foi registrado em 2021 e que é comum o aparecimento nos meses de agosto, setembro e outubro.
O material coletado nos apiários identificados com a bactéria foi encaminhado para o laboratório oficial no Ministério da Agricultura que fica no Rio Grande do Sul.
“A privação de água e alimento propicia o aparecimento dessa doença nos apiários. Caso o produtor ou algum técnico perceber alguns desses sintomas é só entrar em contato com o Indea do seu município que os técnicos vão atender o mais rápido possível para evitar que o produtor tenha mais prejuízos”, disse.
O órgão está presente em 139 municípios do estado.
De acordo com dados do Indea-MT, a apicultura está presente em 114 dos 141 municípios de Mato Grosso, contabilizando mais de 16 mil colônias instaladas em 828 estabelecimentos rurais.