Apesar da redução no custo, a queda do preço do milho no ciclo 23/24 passou dos R$46 reais em outubro desse ano, em relação ao mesmo período de 2022.
Com o atraso no plantio da soja, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária(IMEA) ainda não estimou qual será a redução da área do milho na segunda safra. Os produtores do estado se preocupam e esperam que as chuvas se regularizem.
Segundo a gestora de desenvolvimento regional do IMEA, Vanesa Gash, acredita-se que 80% do plantio fique dentro da janela ideal, até o fim de fevereiro.
“O IMEA já estima uma redução de área no estado em função tanto na queda no preço do milho, quanto na falta de chuvas. Esperamos que 80% do milho fique dentro da janela ideal, mas a gente também precisa que tenha chuva “, diz.
🌽Mesmo com a chuva, a situação do milho continua desfavorável aos produtores, na relação entre o preço de venda e o custo.
De acordo com o projeto rentabilidade, realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e o IMEA, o custeio do milho está quase meio por cento menor na safra 23/24 na comparação com a anterior.
Apesar da redução no custo, a queda do preço do milho no ciclo 23/24 passou dos R$46 reais em outubro desse ano, em relação ao mesmo período de 2022. Com isso, para que um produtor consiga cobrir suas despesas com o custeio, é necessário que negocie o cereal a um valor próximo de R$32 reais por saca.
O preço médio comercializado do milho em outubro fechou acima dos R$36 reais por saca, mas esse valor só cobre o custeio. Quando são consideradas despesas com pós-produção, manutenção e arrendamento, o valor de venda da saca precisaria ser maior do que R$43 reais.