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A qualificação gera redução dos custos destes insumos no cultivo agrícola. Com a participação de produtores e representantes de entidades, a iniciativa já realizou de junho a outubro seis palestras e cinco demonstrações.
O produtor Paulo Perinazzo cultiva em sua propriedade, o Rancho do Sul, mais de 150 pés de acerola, manga, caju, abacaxi, banana, mamão, pepino, pimenta, milho verde, entre outras árvores frutíferas, é um dos que participaram das oficinas.
“Hoje, o foco é a transição da produção convencional para orgânica. A minha propriedade fica em um condomínio de chácaras e em mais da metade da área tem algo sendo produzido. Tenho até um pasto para cavalo. Da produção, vendo o excedente e tiro uma renda extra que ajuda, mas ainda é pouca. Depois que tudo for orgânico, será um chamariz que irá agregar valor nos produtos. Estou aguardando a análise de solo para acompanhar a evolução do que estamos aprendendo com o projeto”, afirmou.
Para o técnico da Empaer, Eduardo Seiki Nakagawa, que há dois meses auxilia os participantes nas oficinas, está sendo uma experiência de muito aprendizado. “São 50 famílias de várias comunidades que recebem orientação e aprendem fazendo na prática. São visitas, amostras de solos para análise, controle de pragas, além das palestras desde a transição da produção convencional para o orgânico”, destacou.
Esta é a terceira rodada de palestras e oficinas nos núcleos de treinamento, e compreende uma das principais capacitações a serem realizadas pelo projeto Sinop Orgânico, pois foi apresentada toda a dinâmica de produção de adubos orgânicos funciona, além de demonstrar que o produtor pode produzir na propriedade, segundo destacou o engenheiro agrônomo da Empaer e coordenador do projeto, Rogério Leschewitz.
A qualidade dos adubos orgânicos fabricados na propriedade é, sem dúvida, superior aos adubos químicos tradicionais, pois, além de fornecer diversos nutrientes de forma equilibrada para as plantas, não somente o “NPK”, fornece também matéria orgânica (MO) que é a fração que mais contribui para a sustentabilidade de solos altamente intemperizados ou degradados, como os que ocorrem aqui no Brasil, ela é responsável pela maior atividade biológica, agregação, CTC e outras características importantes no solo”, completou.
Palestras e demonstrações
Participaram das atividades alunos, produtores, técnicos e comunidade urbana local. As atividades foram realizadas em seis localidades, sendo elas: Comunidade de Chácaras Talismã, chácaras Portal da Floresta, na Escola Técnica Estadual de Educação Profissional e Tecnológica de Sinop, Sede do município de Sinop-MT, Centro de recuperação de Vidas Ebenezer, Escola Carlos Drummond de Andrade no Assentamento Wesley Manoel Soares Campos – Gleba Mercedes.
Cada atividade contou com a realização de palestra técnica que trouxe toda a teoria relacionada ao manejo da fertilidade do solo e ao processo de fermentação utilizado na elaboração dos adubos orgânicos. Ao final de cada palestra, houve demonstrações para aplicar na prática a teoria aprendida, e repassadas aos participantes as técnicas de compostagem, produção de Bokashi e Biofertilizantes líquidos, de fermentação aeróbica e anaeróbica.
Um dos objetivos principais do projeto é a busca de um solo fértil e saudável, pois é considerado um dos pilares da agricultura orgânica. Neste sentido, as capacitações realizadas vêm de encontro a este objetivo, pois estes adubos melhoram todas as características desejadas em um solo saudável.
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