Cuiabá deve registrar altas temperaturas nesta semana mas há probabilidade de chuva, diz Inmet

Na tarde de quinta-feira (19), Cuiabá entrou para a lista das 10 maiores temperaturas já registradas oficialmente no Brasil, pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), registando 44,2°C. Essa é a maior temperatura da história do município.

Para essa próxima semana, a meteorologia também prevê altas temperaturas, porém, diferente da última semana, há grande probabilidade de chuva a partir de quarta-feira (25). Na quinta e sexta-feira (27) também pode chover.

☀️Na segunda-feira (23), a capital pode registrar mínima de 28°C e máxima de 41°C. A probabilidade de chuva segue baixa, com 5% apenas. Porém, durante a tarde e noite pode haver pancadas de chuva e trovoadas isoladas.

☀️Na terça-feira (24), a previsão segue a mesma, com mínima de 29°C e máxima de 40°C. Há 5% de chance de chuva.

⛈️Já na quarta-feira (25), o calor pode diminuir um pouco, com mínima de 27°C e máxima de 38°C. As chances de chuva sobem para 63%, com muitas nuvens, pancadas de chuva e trovoadas isoladas.

⛈️Na quinta-feira (26), há a maior probabilidade, com 90%. A temperatura deve diminuir um pouco mais com mínima de 26°C e máxima de 36°C. Na sexta-feira (27), a previsão de temperatura e chuva segue a mesma do dia anterior.

☀️Já no sábado (28), a chance de chuva cai e chega a 5%. A capital pode registrar mínima de 26°C e máxima de 39°C.

Cuiabá bateu um novo recorde de temperatura desde 1911. Segundo o Inmet, o novo recorde histórico superou a marca de 44°C registrado em 30 de outubro de 2020, quando o Brasil viveu uma das ondas de calor mais intensas já registradas no país.

O último recorde das altas temperaturas nesse ano foi registrado nessa quinta-feira (19), com 43,2°C.

Ainda de acordo com o instituto, a onda de calor que atinge o interior do país deve continuar até a penúltima semana de outubro.

Na terça-feira (19), a Defesa Civil de Mato Grosso emitiu um alerta de altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar que deve atingir o estado até sexta-feira (25).

Segundo o Inmet, o aumento na temperatura é causado por uma massa de ar quente e seco que está sob parte do país. Mato Grosso pode atingir uma umidade relativa do ar de 20%, o que é prejudicial à saúde, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

O professor de física ambiental da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Sérgio Roberto de Paulo, disse que daqui 20 anos, a capital pode atingir uma temperatura de até 50°C. Ele destacou que as próximas gerações devem se preparar para um cenário onde irão conviver com temperaturas cada vez mais intensas.

Segundo o especialista, ao contrário do que muitos acreditam, o fenômeno El Niño não tem relação direta com esse aumento do calor na região Centro-Oeste. Segundo Sérgio Roberto, os principais fatores que explicam essas altas temperaturas são o quadro mundial de aquecimento global e também o desmatamento da Amazônia.

Sérgio explicou ainda que as chuvas na Amazônia, grandes quantias de agua sobem à atmosfera, irrigando maior parte da produção agrícola e amenizando ondas de calor através das chuvas.

“Desmatar a Amazônia significa que teremos menos água chovendo, a cada ano, na nossa região. Com menos chuvas, a temperatura fica mais intensa”, disse.