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Região de Rondonópolis pode receber usina de etanol de milho I Agro.MT

Na manhã desta segunda-feira (04), empresários e produtores rurais se reuniram na sede da Cooperativa de Cotonicultores de Mato Grosso (Coopercotton), em Rondonópolis (210 km de Cuiabá), onde foi apresentado pela União Nacional do Etanol de Milho (UNEM), um projeto de implantação de uma usina de etanol de milho, na região.

O município  apresenta grande potencial para viabilização deste tipo de empreendimento, devido a sua localização estratégica de logística e demanda de consumo pelos insumos gerados do beneficiamento do milho.

A reunião foi viabilizada pelo assessor especial do  Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) , Carlos Ernesto Augustin, o Teti, que viu uma oportunidade de trazer um empreendimento industrial de grande porte deste segmento para a região. “Nós sugerimos esta reunião aqui em Rondonópolis, em razão da região sul do estado não ter ainda uma usina de etanol, e como conheço aqui a Coopercontton que é muito bem organizada, onde inclusive sou associado.

Nós temos aqui eucalipto, ferrovia, milho e organização, ou seja, temos tudo, então, o que tem que fazer é juntar as pontas e é isso que estamos fazendo aqui hoje, com a presença do Guilherme Nolasco, presidente da UNEM, e agora vamos atrás do BNDES de linhas de crédito ou de investidores, com uma aceitação muito positiva tendo um interesse muito grande desta cooperativa em capitanear um investimento grande de etanol de milho aqui na região sul do estado”, explicou.

A apresentação do projeto foi feita pelo presidente da UNEM, Guilherme Nolasco, falou sobre o crescimento rápido do setor no país nos últimos anos, destacando aos produtores rurais presentes a oportunidade de agregação de valor a sua produção primária de milho com a instalação de uma planta industrial de etanol e derivados trará para o sul de Mato Grosso. “Esta região tem aí uma grande disponibilidade de milho, e tem uma área também de floresta plantada de eucalipto que é muito importante e tem uma logística extremamente de custo reduzido por ter a ferrovia na porta e poder mandar os produtos da produção, como o etanol e farelo de milho via ferrovia, diminuindo este custo logístico.

Uma região importante, onde para nós uma das mais estratégicas de Mato Grosso para um momento fazer um empreendimento e com uma cooperativa que tem produtores que tem milho, floresta e todo este contato e abertura política para instalar um empreendimento deste a curto prazo”, disse.

O presidente da Coopercotton, Victor Griesang, explica que a chegada de uma usina de etanol de milho mudará o patamar da cultura na região e que a partir desta apresentação, a associação seguirá para estudos de viabilização do empreendimento. “Sem dúvidas um projeto grandioso, e que tem a somar muito a sociedade e com a economia do sul do estado, e nós enxergamos com um grande potencial a instalação de uma usina de etanol de milho aqui. Agora vamos iniciar os estudos para identificar as oportunidades, as dificuldades e os pontos que temos que resolver”, detalhou.

Um dos segmentos que serão impactados positivamente com a chegada da usina de etanol de milho é o da pecuária, e para o empresário Arlindo Vilela, poderá ser a saída para os pecuaristas amenizarem os reflexos da crise vivida pelo setor atualmente. “A pecuária está passando por um momento de transformação, e agora ainda mais com esta condição atual de preços é mais grave ainda esta mudança que está. E a saída da pecuária, a palavra de ordem é a intensificação, em manejo, sanidade, genética e principalmente em nutrição, e a estrutura da indústria do etanol um grande subproduto é o DDG, e uso disso aí precisa estar junto a pecuária e está próximo, então está tendo um sinergia muito grande em todo sistema produtivo e o DDG vai encaixar como uma luva, vai não, já encaixou e vai ser”, finalizou. A reunião contou também com a presença do vice-prefeito de Rondonópolis, Aylon Arruda (PSD).

NÚMEROS – Em Mato Grosso, segundo dados da UNEM, são 11 unidades de usinas de etanol de milho, com mais cinco em fase de autorização e construção, e outras três sendo projetadas e programadas para construção.

No Brasil, as projeções indicam que a produção de milho deve chegar a 124, 88 milhões de toneladas na safra 22/23, já a produção de etanol de milho para o mesmo período é estimada em 4,39 milhões de m³ no país, segundo o Instituto Mato-Grossense De Economia Agropecuária (IMEA). Os aportes de investimentos para a implantação de uma usina de etanol de milho variam de R$ 560 Milhões a R$ 1,28 bilhão de reais, de acordo com o tamanho do empreendimento.

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