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Associação informou que pediu a adoção do animal assim que receberam a denúncia sobre a situação do cachorro.
O cão vira-lata que ficou seis meses isolado em um cubículo no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), em Cuiabá, foi acolhido, nessa quarta-feira (30), pela Associação Luta e União de Amigos para Animais em Risco (Lunaar), após o registro de uma denúncia de maus-tratos à Polícia Civil.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável informou, em nota, que solicitou ao Bem-Estar Animal o acolhimento do animal, mas que, devido à alta demanda de abandonos e maus tratos, o foco da instituição foi priorizar mães e filhotes que vivem nas ruas em situação de vulnerabilidade.
A diretora da Lunaar, Carla Fahima, disse que pediu a adoção do animal assim que recebeu a denúncia sobre a situação do cachorro, mas, ao chegar no local, a Secretaria de Bem-Estar Animal informou que o cão era muito agressivo e que já tinha atacado outros animais e um funcionário do local.
“Eles disseram que ele chegou a ser adotado, mas se mostrou bastante agressivo e fugiu da casa do adotante. A diretoria do Bem-Estar afirmou que ele é um cachorro que atacou outros animais e que é agressivo, mas com a gente ele não fez nada e não tentou morder nenhuma pessoa”, disse.
Segundo a diretora, o cachorro não apresenta riscos aos humanos, mas, pelo medo, ele não consegue socializar muito bem. O animal foi entregue à ONG, com o intuito de tratá-lo e medicá-lo.
“Desde que ele chegou, verificamos que ele não é um animal agressivo com pessoas. Ele é um cachorro muito medroso, tem medo de gente e é bem traumatizado e é isso que deixa ele reativo, se você tenta chegar perto, ele foge. Vamos tentar ir acalmando ele e mostrar que ele não precisa ter medo”, explicou.
O Gabinete Estadual de Intervenção na Saúde de Cuiabá explicou que o cão está saudável e não poderia ficar no Centro de Zoonoses por risco de pegar doenças de outros animais em tratamento.
O cachorro foi acolhido há pouco tempo, mas já recebeu até nome, ‘Dug’, inspirado no cachororo do filme ‘UP Altas Aventuras’. De acordo com Carla, todos os cuidados médicos e de adaptação serão fornecidos ao vira-lata, desde a castração até avaliações de rotina.
“Ele vai ficar conosco e terá todos os cuidados necessários. Vamos tentar ir adaptando ele aos poucos e com calma. Ele está bem e, aparentemente, é saudável, mas ficou em um canil sozinho para a gente avaliar se ele consegue socializar depois com outros animais e dividir uma baia com outro cachorro”, ressaltou.
Relembre o caso
O cão vira-lata que foi resgatado após ser abandonado pelo dono e focpi isolado por mais de seis meses. Uma denúncia feita à Polícia Civil nesta semana aponta que o cachorro passava grande parte do tempo recluso e não tinha interação com outros animais.
Em um vídeo enviado ao g1, é possível ver o cão em um ambiente sem luz do sol.
Crime
Maus-tratos, abuso e violência contra animais são crimes previstos por lei. A pena para quem praticar o crime contra cães ou gatos é de prisão, de dois a cinco anos, multa e perda da guarda do animal.
Em Cuiabá, a prefeitura aprovou, desde 2017, oito determinações a favor da causa, entre elas, de proteção aos animais, monitoramento através de câmeras de segurança em pet shop e proibição do uso de correntes curtas no animal.
VIDEO:
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