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Pesquisa analisa prevalência da salmonella na atividade e os principais desafios e oportunidades para o segmento
Com a produção de 40 mil toneladas de pescado ao ano, Mato Grosso tem capacidade de expandir mais a piscicultura no Estado. Para descobrir quais são os principais entraves, desafios e traçar um raio-X do setor, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) está destinando R$ 2,4 milhões para financiar pesquisa coordenada por pesquisadores da UFMT.
As primeiras coletas do estudo começaram pela Baixada Cuiabana, onde foram visitados oitos dos 13 municípios da região e realizadas coletas em 25 pisciculturas. Os trabalhos devem percorrer outras 530 propriedades em 50 municípios nos três biomas: Amazônia, Cerrado e Pantanal, até 2024.
Parte das visitas dos pesquisadores deve ocorrer junto com fiscais do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), também parceiro do programa. Ao todo, o estado possui cerca de 4.300 propriedades produzindo pescado.
“Trazer a academia para estudar a cadeia produtiva é fundamental para criar novos protocolos, alterar e normatizar procedimentos, tornando mais seguras as práticas de produção e processamento do pescado no Estado”, comentou o secretário adjunto de Agronegócios e Investimentos, Anderson Lombardi.
O pesquisador Eduardo Figueiredo apontou que a pesquisa tem fases em andamento como o levantamento em capo sobre a estimativa da presença da bactéria salmonella na piscicultura, identificar as fontes de contaminação; otimização do uso do cloro nas unidades de processamento de pescado; treinamento de técnicos do setor. Outras fases que o estudo deve abordar é a avaliação de uso de probióticos na água e na ração dos peixes, uso de ozônio para controle da bactéria e de ácidos orgânicos para controle da salmonella no abate de peixes.
A pesquisa em andamento é importante para verificar como estão as condições do pescado, fazer uma análise conjunta, trazer a academia com a defesa agropecuária para fortalecer o setor produtivo.
“É um estudo que ainda não temos os resultados finais. Mas ela será importante para trazer informações ao produtor rural, trabalhar os procedimentos dentro da instituição para a parte da sanidade aquícola. Mato Grosso tem condições totalmente favoráveis para aumentar a produção do pescado. O Governo do Estado tem investido muito pesado nessa parte das cadeias produtivas e uma delas é a piscicultura”, explicou o diretor técnico do Indea, Renan Tomazele.
A Associação dos Aquicultores do Estado de Mato Grosso (Aquamat), que reúne 4 mil piscicultores e as 15 indústrias de processamento de pescado em atividade, é um dos maiores interessados nos resultados da pesquisa.
“Essa pesquisa é mais específica com peixes redondos. Oitenta por cento da nossa produção é de peixes redondos como tambaqui e tambacu. Nosso principal entrave com as exportações são os níveis de concentração de salmonella e por meio de estudos poderemos solucionar os problemas. Não é nada que implique na saúde humana, mas são padrões adotados por países importadores. Esse trabalho da secretaria junto a universidade é fantástico e fundamental pensando no futuro da nossa atividade”.
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