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Segundo o delegado, Almir Monteiro dos Reis estava “preocupado por quanto tempo ficaria preso”. Ele é acusado de matar a advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos. Ela foi encontrada morta dentro do próprio carro no Parque das Águas, no dia 13 de agosto.
O ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, de 49 anos, acusado de matar a advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos, foi indiciado, nesta quinta-feira (24), por estupro, homicídio quatro vezes qualificado e fraude processual. A advogada foi encontrada morta dentro do próprio carro no Parque das Águas, no domingo (13).
Cristiane apresentava sinais de espancamento e asfixia. A vítima foi localizada pelo próprio irmão através de um aplicativo de rastreamento.
De acordo com o delegado responsável pelo caso Edson Pick, Almir teria confessado informalmente e deu detalhes de como o crime ocorreu.
“A frieza dele foi crucial. Após cometer os crimes, o corpo ficou em repouso na residência quando ele limpava a casa. Depois ele coloca a vítima no veículo, simula que ela é uma passageira e coloca óculos escuros nela. As câmeras de uma casa próxima flagrou ele saindo com o carro. Depois, ele abandona o carro. Aparece uma pessoa com quem ele estava se relacionando, poderia ter sido a segunda vítima dele”, disse.
O delegado explicou que Almir pode ser condenado a pena máxima somando todos os crimes.
“A todo momento ele falava ‘fiz merda, eu fui burro’ e estava preocupado por quanto tempo ele ia ficar preso”, disse.
Entenda o caso
A advogada Cristiane Castrillon foi encontrada morta, após ser espancada e asfixiada por Almir, no Parque das Águas, em Cuiabá. De acordo com a Polícia Civil, a vítima e o suspeito teriam se conhecido no dia do crime. O homem foi preso em flagrante e autuado por feminicídio.
Segundo a Polícia Civil, Cristiane passou a tarde de sábado (12) em um churrasco com a família e amigos. Por volta de 22 horas, foi com o carro até um bar próximo à Arena Pantanal. No local, a vítima teria conhecido um homem com quem teria deixado o estabelecimento por volta de 23h30.
A polícia informou que os familiares não conseguiram mais contato com a vítima e se preocuparam por ela não ter passado a noite em casa. O irmão teve acesso a um aplicativo de rastreamento, que indicou que o celular de Cristiane estaria no Parque das Águas.
A advogada foi encontrada morta dentro do próprio carro, no banco do passageiro. Ela foi encaminhada ao hospital pelo irmão.
Investigação
A Polícia Civil iniciou uma investigação para localizar o suspeito, chegando até o último local em que a vítima esteve antes da morte, em uma casa no Bairro Santa Amália, na capital.
Segundo as equipes, por meio de imagens de câmeras de segurança, foi possível ver o carro da vítima saindo da residência, na manhã de domingo (13), com o suspeito na direção.
Na casa, os policiais encontraram o suspeito, que confessou ter dormido com a vítima, porém apresentou contradições sobre os fatos e o envolvimento no crime. Na casa, foram encontrados diversos indícios da autoria do suspeito no crime.
Um dia após o crime, a a juíza da 6° Vara Criminal de Cuiabá, Suzana Guimarães Ribeiro, determinou a mudança de prisão em flagrante para preventiva.
No dia 15 de agosto, o suspeito foi foi transferido para um presídio militar em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá. No domingo (22), ele foi transferido para a Penitenciária Central do Estado (PCE).
Mandado de internação
O ex-PM teve um pedido de prisão em junho deste ano, mas estava solto por falta de vaga no sistema penitenciário. Ele seria encaminhado para a unidade Adauto Botelho — conhecido como Centro Integrado de Assistência Psicossocial Hospital.
A Secretaria de Estadual de Saúde (SES-MT) informou, em nota, que todas as alas da unidade estão lotadas. A unidade disponibiliza 10 vagas masculinas especificamente para pessoas com transtorno mental em conflito com a lei, mas todas elas também estão ocupadas no momento.
Outros crimes
Almir é ex-policial militar e acusado de roubar um posto de combustível em 2013, em Cuiabá. Ele entrou para a corporação em novembro de 2000. Segundo o Diário Oficial de Mato Grosso, ele foi preso em flagrante em fevereiro de 2013 por ter roubado um posto de combustível no Bairro Morada do Ouro, na capital.
Depois, ele foi denunciado pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) por roubo majorado e formação de quadrilha e, o órgão também pediu a perda do cargo do ex-policial. A expulsão de Amir foi oficializada no Diário Oficial em março de 2015, por “infringir os valores éticos, morais, deveres e obrigações do Estatuto dos Militares do Estado de Mato Grosso”.
O ex-PM teve um pedido de prisão em junho deste ano, mas estava solto por falta de vaga no sistema penitenciário. Ele seria encaminhado para a unidade Adauto Botelho — conhecido como Centro Integrado de Assistência Psicossocial Hospital.
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